O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, queixou-se na quinta-feira (27) de que seu país está recebendo um
tratamento injusto no Acordo Climático de Paris e disse à Reuters que vai
anunciar uma decisão em cerca de duas semanas sobre a permanência dos EUA no
pacto.
O republicano Trump, eleito em
novembro, prometeu durante a campanha que iria retirar os EUA do pacto de Paris
até 100 dias depois de assumir a Presidência, parte de um plano mais amplo para
revogar as proteções ambientais do governo de seu antecessor, Barack Obama, que
ele disse estarem prejudicando a economia.
Desde então ele afirmou estar
aberto a continuar no acordo se Washington tiver termos melhores, e dezenas de
grandes empresas norte-americanas e vários parlamentares de seu partido o exortaram
a manter a filiação como forma de proteger os interesses industriais de seu
país no exterior.
Trump, que completa 100 dias no
cargo no sábado, disse à Reuters em uma entrevista que irá anunciar sua decisão
"em cerca de duas semanas", mas reclamou que China, Índia, Rússia e
outros países estão pagando muito pouco para ajudar nações mais pobres a
combaterem a mudança climática nos termos do Fundo Clima Verde.
"Não é uma situação justa
porque eles não estão pagando virtualmente nada, e nós estamos pagando
quantidades enormes de dinheiro."
Instado a dar uma dica sobre sua
decisão, ele respondeu: "Posso dizer isto: queremos ser tratados
justamente."
Mais cedo, uma fonte do governo
disse à Reuters que autoridades da gestão Trump provavelmente irão se reunir em
maio para decidir se mantêm os EUA no acordo climático. Eles já fizeram uma
reunião inicial na quinta-feira na Casa Branca.
O grupo de conselheiros, que
inclui o secretário de Estado, Rex Tillerson, o secretário de Energia, Rick
Perry, e o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, deve tomar uma
decisão antes da cúpula do G7 em 26 de maio, segundo a fonte.
Tillerson, ex-diretor da
petroleira Exxon Mobil Corp, e Perry disseram que os EUA deveriam permanecer no
acordo, e McMaster compartilha essa opinião, disse uma fonte de fora do
governo.
Entre os opositores do pacto
estão o diretor da Agência de Proteção Ambiental, Scott Pruitt
–ex-procurador-geral de Oklahoma, Estado produtor de petróleo–, e o
estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon.
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