Dois anos de atraso e investimento que atinge a casa dos milhões. No dia de 2 junho de 2010 o Governo do Estado anunciou, através da Secretaria de Saúde (Sesab) que o Hospital Geral Menandro de Faria seria reformado e ampliado. E foi.
A inauguração das obras aconteceu em uma quarta-feira, 2 de junho de 2010. De acordo com nota oficial publicada no site da Secom na época, as intervenções na estrutura física duraram menos de um ano e foram orçadas em R$ 1,8 milhão. Somente os equipamentos de ponta custaram R$ 1,1 milhão.
Mas, o que intrigou a equipe de reportagem do Bocão News foi a informação obtida através de uma denúncia anônima, de que, até hoje - 27 de junho de 2012 - pouco mais de dois anos depois, não há Unidades de Terapias Intensivas (UTI) no Menandro de Farias.
Confira a nota publicada pelo site do Governo do Estado sobre os leitos da UTI do Menandro de Faria, em 2 de junho de 2010.
"O secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, informou que a reforma e a ampliação fazem parte da terceira fase das obras no Menandro de Faria. “Não podemos fechar um hospital para realizar as intervenções necessárias. Esta já é a terceira etapa. Desde 2007 preparamos uma programação de recuperação física e equipamentos para o Menandro”, disse.
O Menandro de Faria também conta, a partir de agora, com dez leitos de UTI, que devem entrar em operação após decisão judicial. O governador Jaques Wagner reitera que a intenção é dar melhores condições aos baianos, evitando que alguém que precise de atendimento médico tenha que se deslocar para outras unidades".
“Essa reforma é parte dos investimentos, a UTI está pronta e equipada. Infelizmente, o questionamento do Ministério Público e do Tribunal de Justiça não nos permite que contratemos os profissionais aprovados no concurso”, declarou Wagner.
O diretor do hospital acredita que em menos de dois meses os pacientes que precisarem de atendimento de UTI sejam contemplados. “Nossa expectativa é que, no máximo, em 45 dias, possamos inaugurar a UTI. Estamos apenas aguardando a convocação dos profissionais da área de saúde, como enfermeiros, nutricionistas, intensivistas, a equipe médica para que a UTI possa funcionar”, afirmou.
“Estamos trabalhando em toda a cadeia do SUS, auxiliando os municípios, qualificando profissionais, melhorando o equipamento e fortalecendo a estrutura. Até o final do ano, serão cinco novos hospitais entregues na Bahia”, anunciou o governador.
Mas, infelizmente, após dois anos do início das obras os pacientes ainda não podem contar com a UTI - 'pronta e estruturada', para serem atendidos. Enquanto isso, os casos mais graves que chegam ao Menandro de Farias são transferidos para outras unidades como Hospital Geral do Estado (HGE) ou Hospital do Subúrbio, sobrecarregando estes locais e gerando o caos já tão conhecido e lamentável da saúde pública.
Buscando entender o porquê de tanta demora para o leitos serem disponibilizados à população, a assessoria de imprensa da Sesab explicou que o processo de velocidade de uma obra pública não é o mesmo que a velocidade de uma obra privada. Segundo a assessoria, é o tempo do processo que é moroso - para se ter cautela e se preservar os direitos. A Sesab alegou que as obras do Menandro ainda estão em andamento e que a Secretaria esbarra nos entraves que envolvem licitações e contratações.
O órgão afirmou compreender que uma vida humana não pode esperar, mas ressalta que as etapas têm que ser respeitadas e cumpridas. Com relação ao prazo para a finalização das obras, a Sesab diz ter a expectativa de que os 10 leitos de UTI estejam prontos para funcionar no início de 2013.
Saúde Precária
De acordo com dados disponíveis no site da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, há em todo estado 919 leitos de UTI, sendo 741 voltados para atendimentos do SUS. No ano passado, o Tribuna de Contas do Estado (TCE) começou a julgar o relatório de uma inspeção que detectou supostas irregularidades em 11 hospitais estaduais administrados por entidades privadas, sob contratos que envolvem recursos públicos de cerca de R$ 359 milhões.
O conselheiro Pedro Lino, relator da matéria, elaborou um parecer onde foram apontados problemas como atendimento precário, falta de equipamentos, ausência de alvarás da Vigilância Sanitária, descarte ilegal de lixo hospitalar, carência de médicos e enfermeiros e falhas em contratos de gestão com as chamadas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips).
Entre as unidades inspecionadas pelos auditores do TCE estão os hospitais do Oeste, em Barreiras, o Regional de Santo Antônio de Jesus, e o São Jorge, em Salvador. O julgamento da proposta de Pedro Lino para que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) apresente um plano de correção das irregularidades terminou empatado, com três votos contra e a favor da medida. A decisão caberá à presidente do TCE, Ridalva Figueiredo.
É incrível como as obras do estado caminham a passo de lesma, não é ném de tartaruga. O exemplo foi a reforma do estádio de Pituaçú, tudo bem, foi rápido, até porque a seleção iria jogar, mas a maldita passarela que ficaria pronta também para o jogo, até hoje se arrasta em banho maria, e já se vão mais de trés anos para se construir uma simples passarela, mas tão necessária ao povo que para ali, se desloca. Agora fico imaginando os tais de metrôs que serviram a copa do mundo?. Só se for do próximo milênio. Afinal de contas, quando se faz uma licitação e é aprovada a bendita obra, já não é determinado os recursos para se executar as obras? Mas porque estas obras, constantemente são paralisadas? Realmente esse país não é sério.
ResponderExcluirVAMOS SOLICITAR QUE O EX PRESIENTE LULA DILMA E MOEMA GRAMACHO VENHAM SER TRATADOS NO NOSSO MENADRO DE FARIAS.
ResponderExcluirACODA LAURO NOSOS FILHOS ESTÃO VIRANDO MARGINAIS ACREDITANDO QUE AS DROGAS LHES DARÁ UMA VIDA MELHOR!
A OBRIGAÇÃO É DO GOVERNO!