quinta-feira, 1 de setembro de 2011

MOMENTO CULTURAL:

Crônica: Eu Estava em Casa de Calcinha

Renato Lima Ator e Dramaturgo

Desde quando eu nasci não tenho paz, não tenho nada, e descobrir que somente amo durante dois anos consecutivos e procuro sempre um novo amor, ate mesmo por que tenho o cheiro de Padilha e suas manias antigas. Acho então que os casais que vivem durante trinta anos juntos numa mesma casa, com as mesmas posições na cama, comendo o mesmo tempero são loucos e acomodados.

Espero sempre um sim de um qual quer que ouse se a me olhar na esquina ou em um lugar qual quer.

A minha estória começou quando eu estava em casa de calcinha, ele bateu em minha porta, alias eis um fato, a porta estava La parada inerte, e obvio trancada, sou do tipo que me tranco em casa por questões de incumbência mesmo.

Quando abrir a inerte porta de madeira, eu fui logo dizendo eu não te pertenço nem estou com você, vamos disputar quem chegar primeiro já foi, eu sou do tipo que deixo a vontade quando eu quero eu grito e chamo o orgasmo satisfeita e libertina e audaz.

Ele me respondeu eu vou te destruir e roubar todo que e seu, eu hilária sorrir e falei vem me mata de amor.

Calada, cruzei a porta do quarto, nua, liberta de todos os pecados esqueci-me do sermão da montanha, do apocalipse e dos dez mandamentos, de Cristo coitado na cruz, do aluguel, da conta de luz e dos olhos do vizinho adentrando pela fresta da janela, detalhe, ele era... Era casado, por que depois que cruzei minhas nadegas naquele monumento, ele esquecera: filho, casa, creche, escola, pão, compras do mês, praias e cachoeiras. Ai ...como diz a outra, como eu sou bandida!

Desde quando eu nasci, não tenho paz, passo pelas construções civis e ouço barulho deles a me gritar, e seus olhos me comem tal como meninos no banheiro por quatro horas.

Eu queria saber por que os adolescentes passam horas no banheiro, por que no banheiro nem tem vídeo game.

Depois de tudo eu disse – Vai... Você não me satisfaz

Renato Lima

Ator DRT 3447

71 87291193

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