O governo da Coreia do Norte
anunciou na madrugada deste domingo (3) que realizou um teste 'bem-sucedido'
com uma bomba de hidrogênio que pode ser carregada no novo míssil balístico
intercontinental do país. O teste nuclear provocou um tremor de magnitude 6,3
no território norte-coreano.
Segundo a agência Reuters, este é
o sexto teste atômico feito por Pyongyang nos últimos 11 anos.
O mundo pode conviver com uma Coreia do Norte nuclear?
No anúncio feito pela TV estatal,
o governo de Kim Jong-un disse que o teste foi um 'sucesso perfeito' e
representa um passo 'significativo' para completar o programa de armas
nucleares do país.
A confirmação do teste aconteceu
horas depois de um tremor de magnitude 6,3 ser detectado pelo Serviço Geológico
dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) no noroeste da Coreia do Norte,
em uma região usada para testes militares.
Governo japonês
Antes do anúncio oficial do
governo de Pyongyang, o Japão havia confirmado o teste nuclear do país vizinho. "Depois de examinar os
dados, concluímos que era um teste nuclear", disse o ministro das Relações
Exteriores japonês, Taro Kono, em uma entrevista divulgada pela emissora
pública NHK após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança do Japão.
O teste ocorreu poucas horas após
o governo de Kim Jong-un anunciar a inspeção da bomba de hidrogênio para
míssil. O governo da Coreia do Norte
disse que todos os componentes da bomba foram fabricados no país permitindo
construir quantas bombas nucleares quiser. Segundo o líder Kim Jong-un, a
bomba de hidrogênio que será carregada em um novo míssil capaz de alcançar
altitudes elevadas.
Reações
A China condenou 'energicamente'
o novo teste nuclear realizado neste domingo pela Coreia do Norte, segundo um
comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores do país. De acordo com a
agência Reuters, o país também iniciou um monitoramento das condições
radioativas na região.
O presidente sul-coreano, Moon
Jae-in, disse que Seul "nunca permitirá que a Coreia do Norte continue
avançando com suas tecnologias nucleares e de mísseis" em uma reunião
urgente do Conselho Nacional de Segurança realizada após o novo teste de
armamento realizado com uma bomba H, segundo a agência local Yonhap.
Moon também pediu que sejam impostas
sanções "mais graves possíveis" por parte do Conselho de Segurança
Organização das Nações Unidas (ONU) para aumentar o isolamento do regime
liderado por Kim Jong-un.
O primeiro-ministro japonês,
Shinzo Abe, disse que o novo teste nuclear foi "uma ameaça de segurança
séria e imediata" que "aumenta ainda mais o perigo do regime" e
"compromete seriamente a paz e a segurança no país".
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