O Departamento de Justiça dos
Estados Unidos nomeou nesta quarta-feira (17) um conselheiro especial para
liderar a investigação sobre a suposta influência da Rússia nas eleições
americanas de 2016. O nomeado é o ex-diretor do FBI Robert Mueller. Ele será
"autorizado a investigar crimes federais", de acordo com o
Departamento de Justiça norte-americano.
Mueller foi nomeado como chefe do
FBI no governo de George W. Bush, em 2001, cargo em que permaneceu até 2013,
quando James Comey, demitido na semana passada, assumiu como diretor do órgão.
A medida ocorre num momento em
que há demandas crescentes por uma investigação independente a respeito de
supostos esforços russos para influenciar o resultado da eleição presidencial
de novembro em favor de Donald Trump e contra a democrata Hillary Clinton.
Entenda a crise entre Donald
Trump e o FBI
"Minha decisão (de nomear um
conselheiro especial) não é a constatação de que crimes foram cometidos ou que
qualquer processo judicial é justificado", disse o vice-secretário de
Justiça, Rod Rosenstein, em um comunicado.
"Eu determinei que um
conselheiro especial é necessário para que o povo americano tenha plena
confiança no resultado."
Após o anúncio, a Casa Branca
emitiu um comunicado em que o presidente Trump afirma que a investigação vai
confirmar que não houve ligação entre os russos com a sua campanha. "Como
disse muitas vezes, uma investigação exaustiva vai confirmar o que já sabemos -
não houve nenhum conluio entre a minha campanha e qualquer entidade
estrangeira", afirma.
A escolha de Mueller para o cargo
é vista como uma forma de "acalmar os ânimos" do congresso
norte-americano depois que o ex-diretor do FBI, James Comey, relatou que o
presidente dos EUA pediu o fim das investigações sobre a interferência da
Rússia nas eleições americanas. O Comitê de Inteligência da Câmara dos
Representantes solicitou nesta terça ao FBI todos os documentos que Comey
elaborou sobre suas conversas com o presidente.
À imprensa, o senador republicano
John Corny disse que o anúncio desta quarta poderia facilitar a aprovação de um
novo diretor do FBI pelo Senado -- Comey foi demitido na semana passada.
Ameaça Terrorista
O presidente americano recebe o
ministro russo de Relações Exteriores Sergei Lavrov e o embaixador russo Sergei
Kislyak no dia 10 de maio na Casa Branca, em Washington (Foto: Russian Foreign
Ministry Photo via AP) ) O presidente americano recebe o ministro russo de
Relações Exteriores Sergei Lavrov e o embaixador russo Sergei Kislyak no dia 10
de maio na Casa Branca, em Washington (Foto: Russian Foreign Ministry Photo via
AP) )
O presidente americano recebe o
ministro russo de Relações Exteriores Sergei Lavrov e o embaixador russo Sergei
Kislyak no dia 10 de maio na Casa Branca, em Washington (Foto: Russian Foreign
Ministry Photo via AP) )
Nesta semana, a revelação de que
Trump pode ter tentado interferir nas investigações do FBI sobre a relação
entre membros do seu governo e a Rússia agitou o cenário político dos Estados
Unidos nesta semana.
Jornais americanos revelaram que
Trump discutiu informações sensíveis de segurança nacional com a Rússia durante
encontro com o ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, e o
embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak. As informações dizem respeito a
uma ameaça terrorista do grupos Estado Islâmico (EI) relacionada ao uso de
laptops em voos.
No final de março, os EUA
proibiram a presença de dispositivos eletrônicos - como tablets e laptops - em
voos procedentes de vários países do Oriente Médio.
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