terça-feira, 2 de maio de 2017

Hillary Clinton diz que Rússia, WikiLeaks e FBI contribuíram para sua derrota nas eleições




A ex-candidata presidencial Hillary Clinton afirmou nesta terça-feira (2) que teria sido eleita presidente dos Estados Unidos, se não fosse pela intervenção do WikiLeaks e da Rússia e pelo diretor do FBI, James Comey, nas últimas semanas da campanha.

"Estava no caminho para a vitória até que a carta de Jim Comey de 28 de outubro e o WikiLeaks russo geraram dúvidas na cabeça das pessoas que se inclinavam a meu favor e que acabaram ficando com medo", declarou a ex-candidata democrata à Casa Branca em Nova York, ao ser entrevistada por um jornalista durante uma atividade da ONG Women for Women International.

"Se a eleição tivesse acontecido no dia 27 de outubro, eu teria sido presidente", disse.

Em 7 de outubro, um mês antes das eleições, o site WikiLeaks vazou mensagens do presidente da equipe de campanha de Hillary, John Podesta, menos de uma hora depois de a imprensa divulgar um vídeo de 2005, no qual Donald Trump falava de mulheres em um tom grosseiro.

"Que coincidência", ironizou Hillary Clinton, sugerindo que Wikileaks e Rusia agiram para atenuar o impacto do vídeo de Trump.

Semanas depois, em 27 de outubro, James Comey anunciou ao Congresso que agentes do FBI (a Polícia Federal americana) haviam encontrado novas mensagens que justificavam reabrir as investigações sobre os e-mails apagados pela democrata na época em que utilizava um servidor privado quando era secretária de Estado.

O FBI não encontrou, porém, qualquer dado incriminatório nos e-mails de Hillary Clinton e arquivou as investigações dois dias antes das eleições de 8 de novembro.

"Cometi erros? Por Deus, sim", acrescentou Hillary. "Mas a razão, pela qual perdemos, está nos acontecimentos dos dez últimos dias" da campanha, disse a ex-candidata, insistindo em que os votos antecipados e as pesquisas lhe davam a vitória.

Seguindo as conclusões do governo de Barack Obama, ela acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de ter operado contra ela pelo ódio que sentia desde 2011. Na época, a então chefe da diplomacia americana criticou as eleições na Rússia.

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