O secretário do Tesouro dos
Estados Unidos, Steve Mnuchin, reconheceu nesta segunda-feira que
"provavelmente" levará dois anos para alcançar a prometida taxa de
crescimento anual de 3%, desde que seja aprovada a reforma fiscal e os acordos
comerciais sejam melhorados.
"Em nossas projeções,
provavelmente levará dois anos para elevar o crescimento anual a 3% e então
poderemos ter um nível sustentado. Isso é o que estamos projetando", disse
Mnuchin na conferência global do Milken Institute, que é realizada em Los
Angeles.
Deste modo, o secretário do
Tesouro rebaixou as expectativas planejadas pelo presidente Donald Trump de
acelerar rapidamente a atividade econômica nos EUA, a 3% anual ou mais, frente
ao número médio de seu predecessor, Barack Obama, de cerca de 2% anual.
"Obviamente, aprovemos a
reforma fiscal o mais rápido possível. Quando antes atingirmos o alívio de
regulamento, melhor vamos estar", comentou.
PIB fraco
As declarações do secretário do
Tesouro americano são realizadas depois que na sexta-feira passada foi
divulgado o primeiro cálculo sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do
país, que foi de uma decepcionante taxa anualizada de 0,7%.
Sobre a reforma fiscal, da qual a
Casa Branca apresentou uma minuta genérica com cortes de impostos para as
empresas e os trabalhadores, mas que não detalha como compensará a consequente
queda de investimentos, Mnuchin garantiu que não gerará déficit, já que será bancada
com o impulso econômico gerado pelas políticas de Trump.
"Esperamos pagá-la através
do crescimento econômico e eliminando muitas deduções. A diferença entre
crescer a 2% e a 3% anual é de cerca de US$ 2 bilhões de investimentos fiscais
ao longo de uma década", acrescentou o ex-banqueiro de Wall Street.
Embora Trump insista na
necessidade de um agressivo estímulo fiscal que combine descontos de impostos e
cortes na despesa pública, o Congresso ainda precisa ratificar a proposta, e
serão negociações infestadas de obstáculos apesar de os republicanos contarem
com a maioria em ambas câmaras, como já mostrou a rejeição legislativa à sua
reforma da lei de saúde.
Frente ao otimismo de Trump, o
Fundo Monetário Internacional (FMI) ofereceu perspectivas mais cautelosas, ao
prever um crescimento do PIB de 2,3% para os EUA neste ano, e de 2,5% para
2018.
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