domingo, 30 de abril de 2017

Trump diz que não ficará contente se Coreia do Norte fizer novo teste nuclear




O presidente americano, Donald Trump, declarou que “não ficará contente” caso os norte-coreanos realizem um novo teste nuclear, durante entrevista que será transmitida neste domingo (30) no programa “Face The Nation”, do canal de TV CBS. Questionado se isso significava uma ação militar, ele respondeu: “não sei, veremos”.

Trump ainda disse que o presidente chinês, Xi Jinping, certamente não ficaria satisfeito com uma nova demonstração de força dos norte-coreanos. Donald Trump estimou que Xi Jinping está colocando pressão sobre a Coreia do Norte, num momento em que a tensão aumenta pelos programas nucleares e balísticos de Pyongyang. Segundo ele, o chefe de Estado chinês “certamente pressiona a Coreia do Norte”.

"E posso dizer isso: acredito que o presidente da China, que é um homem muito respeitado, também não estará feliz", acrescentou.

O regime norte-coreano fez no sábado (29) novo tiro de míssil, que fracassou, mas foi simbólico. A ação tem despertado o temor dos Estados Unidos de que o regime de Kim Jong-Un possa desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de alcançar o território americano com uma ogiva nuclear.

O teste aconteceu poucas horas depois de o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, pedir à China que agisse contra a ameaça nuclear de Pyongyang, reforçando as sanções internacionais. Ele alertou ainda sobre as "consequências catastróficas" no caso de a comunidade internacional não agir mais energicamente para sancionar Pyongyang.

Trump se negou a comentar se os Estados Unidos têm algo a ver com o teste que não deu certo. "Isto é um jogo de xadrez. Não quero que saibam o que eu penso. Assim, eventualmente ele terá um sistema de lançamento melhor e, se isso acontecer... nós não podemos permitir que isso aconteça".

Para os Estados Unidos, uma solução diplomática depende da China, que nega ter essa influência. Pequim acredita que o conflito deve ser resolvido através de um diálogo bilateral entre EUA e Coreia do Norte.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos finalizaram neste domingo (30) as manobras anuais conjuntas, mas deram continuidade aos exercícios navais que provocaram a ira de Pyongyang. Os exercícios conjuntos “Foal Eagle” envolveram 20 mil militares sul coreanos e 10 mil soldados americanos, e simulam cenários de conflito com os norte-coreanos. A tensão é crescente na península: em represália, o regime ameaçou atacar o porta-aviões americano Carl Vinson, estacionado na região.

'Jovem astuto'

Trum disse ainda que o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, é um "jovem astuto" por ter conseguido se impor no poder apesar de sua juventude e competindo com figuras de alto nível em seu país.

Trump disse que "não tem ideia" se Kim está são ou não, mas assinalou que o dirigente norte-coreano enfrentou formidáveis desafios ao assumir o poder aos 27 anos, depois que seu pai morreu em 2011.

"Obviamente se relaciona com pessoas muito rígidas, em particular com generais e outros. E tão jovem foi capaz de assumir o poder", disse Trump na entrevista à emissora CBS.

"Muita gente, tenho certeza, tentou tirá-lo do poder, seu tio ou alguém mais. E ele foi capaz de se manter". "Assim, obviamente ele é bastante astuto", disse Trump.

"Mas temos uma situação que simplesmente não podemos deixar - não podemos deixar que continue o que tem acontecido por um longo período de tempo", acrescentou.

Obamacare

Donald Trump postou em seu perfil do Twitter neste domingo (30) comentários sobre mudanças nos planos de saúde dos norte-americanos.

Segundo ele, “novo plano de saúde está a caminho. Terá prêmios muito mais baixos e dedutíveis, enquanto ao mesmo tempo cuidará de condições pré-existentes”, informou o presidente em seus posts.

E fez provocações contra os democratas e o Obamacare. “Os democratas, sem um líder, tornaram-se o partido de obstrução. Eles só estão interessados em si mesmos e não no que é melhor para os EUA. Você não pode comparar nada com Obamacare porque Obamacare está morto. Democratas querem bilhões para companhias de seguros para socorrer doadores”, disse.

O Obamacare é um plano implantado pelo ex-presidente Barack Obama, em 2010. A partir dele, 20 milhões de americanos que não tinham seguro-saúde passaram a tê-lo.

Desde a campanha eleitoral, Donald Trump se posicionou contra o projeto de seu antecessor. Em abril de 2017, no entanto, ele sofreu uma dura derrota ao não conseguir os votos necessários para aprovar sua proposta de reforma do sistema de saúde, que acabaria com o Obamacare.

Após o fracasso na votação, Trump já havia dito em um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca que o Obamacare iria explodir. "Será um ano muito ruim para o Obamacare", disse. "Foi uma experiência que levará a uma lei de saúde ainda melhor", disse. Ele afirmou estar "decepcionado" e "um pouco surpreso", mas evitou atacar os legisladores do seu partido pela retirada do projeto e culpou a minoria democrata.

No dia 23 de abril, ele já havia postado em sua página no Twitter mais um ataque ao sistema de saúde Obamacare. Ele alertou os democratas que, sem incentivo financeiro do governo, o programa pode acabar.

“Obamacare está com sérios problemas. Os democratas precisam de muito dinheiro para mantê-lo – ou ele desaparecerá antes do que qualquer um já imaginou”, afirmou o post.

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