Papa Francisco pediu neste
domingo (30) o respeito pelos direitos humanos e o fim da violência na
Venezuela, onde quase 30 pessoas morreram neste mês.
Em seu pronunciamento semanal
para dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, o pontífice criticou
a "grave crise humanitária, social, política e econômica que está
exaurindo a população".
A oposição venezuelana exige
eleições, autonomia para a legislatura onde tem maioria, canal de ajuda
humanitária do exterior para aliviar a crise econômica e liberdade para mais de
100 ativistas detidos pelo governo do presidente Nicolás Maduro.
Papa Francisco pediu o fim da
violência na Venezuela em pronunciamento no Vaticano (Foto: Tony
Gentile/Reuters)
"Faço um sincero apelo ao
governo e a todos os componentes da sociedade venezuelana para evitar mais
formas de violência, respeitar os direitos humanos e buscar solução negociada
...", disse o papa.
7 perguntas para entender a crise
na Venezuela e como a situação pode mudar
A oposição diz que Leopoldo
Lopez, chefe encarcerado do radical Partido Vontade Popular, e outros são
prisioneiros políticos e que as detenções simbolizam a entrada de Maduro na
ditadura.
Maduro, por sua vez, afirma que
todos estão atrás das grades por crimes legítimos, e alega que Lopez, de 45
anos, é o líder de um possível golpe.
As conversas lideradas pelo
Vaticano entre o governo e a oposição foram derrubadas.
Francisco disse a repórteres, no
avião que retornou do Cairo neste sábado, que "condições muito
claras" eram necessárias para que as negociações fossem retomadas.
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