A Bancada de Oposição na
Assembleia Legislativa da Bahia vai ingressar com recurso na Mesa Diretora da
Casa contra o arquivamento da CPI do Centro de Convenções, que investigaria a
situação do equipamento, fechado, após desabamento ocorrido ano passado. Além
disso, o grupo oposicionista entrará com uma ação judicial, na tentativa de
garantir a proporcionalidade na participação dos membros, no colegiado, a fim
de assegurar a vaga da relatoria ou da presidência. Os deputados da Oposição
consideram o arquivamento um equívoco, pois não foram retiradas as 21
assinaturas que garantiram a homologação da CPI.
Na reunião que marcaria o ato de
instalação da CPI, os oposicionistas decidiram retirar a indicação dos membros
do grupo, após integrantes do governo insistirem no comando e na relatoria do
colegiado. Durante a sessão, o líder da Oposição, Leur Lomanto Jr. (PMDB)
apelou por um acordo, mas houve negativa por parte do governo. “O governo quis
manipular a CPI ao querer a presidência e a relatoria da Comissão,
consequentemente tal controle tinha o objetivo de impedir as investigações.
Quiseram dessa forma instalar uma CPI chapa branca, atitude que nós não
podíamos compactuar”, afirmou.
O vice-líder Luciano Ribeiro
(DEM), disse que o grupo não poderia corroborar com o rolo compressor do
governo. “A CPI é um instrumento consagrado as minorias, tanto é que a Oposição
é quem a provoca. Se fere de morte a CPI quando não é observada a
proporcionalidade. Se o governo tem a presidência e a relatoria há um desrespeito
a CPI, inviabilizando o trabalho de investigação”, frisou. O deputado Adolfo
Viana (PSDB) também combateu o posicionamento do governo. “Não queríamos
politizar a CPI, mas garantir que o grupo da Minoria tivesse uma participação
mais efetiva, encontrando uma saída para a situação do Centro de Convenções,
que infelizmente se tornou uma vergonha para a Bahia, com o seu fechamento
causando imensos prejuízos ao turismo”, concluiu.
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