Embraer anunciou nesta
terça-feira (25), no Texas (EUA), um acordo com a Uber para desenvolver um
sistema para tráfego de veículos elétricos aéreos. O modelo, com decolagem e
aterrisagem vertical, deve iniciar operação em caráter experimental em 2020. Duas
cidades foram escolhidas inicialmente para receber o protótipo - as
demonstrações serão em Dallas e Dubai.
A parceria preliminar entre as
empresas foi fechada neste mês - o valor do contrato é mantido sob sigilo. A
expectativa da Embraer, após o conceito ser validado, é que passageiros possam
ser transportados a partir de 2023.
Para viabilizar o sistema, a
Embraer vai produzir a partir deste ano protótipos dos 'carros aéreos' que
devem funcionar como alternativa de transporte nos centros urbanos. Para a operação,
a fabricante de aviões também vai projetar um 'ecossistema' com plataformas de
embarque e desembarque, criação de rotas, controle de tráfego aéreo e
desenvolvimento de software.
"O ponto principal do
trabalho nesta etapa inicial é construir um ecossistema viável. Entramos no
projeto por compartilhar da mesma visão que a Uber na busca por uma solução de
transporte principalmente para as grandes cidades. A demanda por esse modelo
existe, o que falta é o produto", disse Antônio Campello, diretor de inovação
corporativa da Embraer.
O projeto será concebido no
Centro de Inovação de Negócios da Embraer, na Flórida, com participação de
equipes do Vale do Silício, na Califórnia, e de Boston, em Massachusetts.
"Apesar disso, contamos com o domínio dos conhecimentos em engenharia
aeronáutica que têm nossos engenheiros no Brasil", disse Campello. A sede
da Embraer é em São José dos Campos (SP).
Especificações como o tamanho da
cabine, o número de motores, velocidade e distância alcançadas pelo veículo
conceito serão discutidos com a Uber.
Segundo projeto da Uber, uma
viagem entre Campinas e São Paulo, que demoraria duas horas de carro, seria
feita em dezoito minutos com os novos veículos.
A intenção é que eles tenham
motores elétricos, para reduzir os ruídos e a emissão de poluentes.
Negócios
Com a parceria, a Embraer
vislumbra novas oportunidades de negócio. "Esse é um novo mercado a ser
explorado e estamos convencidos de que já há tecnologia para fazer isso
acontecer", afirmou o diretor da companhia.
Atualmente a Embraer é a maior
fabricante de jatos comerciais de até 130 assentos. A empresa também fabrica
modelos para atender o mercado da aviação executiva.
Fonte G1
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