Bebê é atendido após suspeita de ataque com produtos químicos em Khan Sheikhun, em Idlib, no norte da Síria (Foto: Mohamed al-Bakour / AFP)
Conselho de Segurança das Nações Unidas votará nesta
quarta-feira um projeto de resolução que exige do governo sírio sua cooperação
com a investigação sobre o suposto ataque químico contra uma cidade rebelde,
informaram nesta terça-feira (11) fontes diplomáticas americanas.
Grã-Bretanha, França e Estados Unidos redigiram o texto,
baseado em outro documento, apresentado na semana passada após o suposto uso de
gás sarin contra a localidade de Khan Sheikhun, onde morreram 86 pessoas.
Esta medida irá requerer "total cooperação de todas as
partes com as investigações" realizadas pela Organização para Proibição de
Armas Químicas (Opaq) e pelo Mecanismo Conjunto de Investigação (JIM), indicou
o embaixador britânico Matthew Rycroft.
A votação do texto deverá ocorrer às 19h GMT (16h, pelo
horário de Brasília), indicou um diplomata do Conselho, que antecipou que
preveem que a China irá se abster.
Entre as 86 vítimas do ataque em Khan Sheikhun, na província
de Idlib, 31 eram crianças. Os Estados Unidos atribuíram a ação ao presidente
sírio, Bashar al-Assad.
Em represália, Washington ordenou o disparo de 59 mísseis de
cruzeiro Tomahawk de navios de guerra no Mediterrâneo contra a base aérea síria
de Shayrat, causando fortes danos.
Este texto revisado incorpora sugestões de Rússia, China e
outros 10 membros do Conselho, mas mantém as demandas específicas de que a
Síria entregue informações sobre suas operações militares de 4 de abril,
indicaram diplomatas.
"Fizemos um projeto de resolução deliberadamente com o
consenso em mente", disse Rycroft.
"Custo muito a entender quantos membros do Conselho de
Segurança votariam contra qualquer parte desta resolução", acrescentou.
Previamente, o embaixador francês, François Delattre, apoiou
a proposta. "Não podemos abandonar e devemos tentar, de boa fé, fazer o
melhor que podemos, conseguir uma resolução condenando o ataque, solicitando
uma investigação profunda", disse a jornalistas.
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