terça-feira, 11 de abril de 2017

Conselho de Segurança vota nesta quarta projeto de resolução sobre ataque químico na Síria

Bebê é atendido após suspeita de ataque com produtos químicos em Khan Sheikhun, em Idlib, no norte da Síria  (Foto: Mohamed al-Bakour / AFP)

Conselho de Segurança das Nações Unidas votará nesta quarta-feira um projeto de resolução que exige do governo sírio sua cooperação com a investigação sobre o suposto ataque químico contra uma cidade rebelde, informaram nesta terça-feira (11) fontes diplomáticas americanas.

Grã-Bretanha, França e Estados Unidos redigiram o texto, baseado em outro documento, apresentado na semana passada após o suposto uso de gás sarin contra a localidade de Khan Sheikhun, onde morreram 86 pessoas.

Esta medida irá requerer "total cooperação de todas as partes com as investigações" realizadas pela Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq) e pelo Mecanismo Conjunto de Investigação (JIM), indicou o embaixador britânico Matthew Rycroft.

A votação do texto deverá ocorrer às 19h GMT (16h, pelo horário de Brasília), indicou um diplomata do Conselho, que antecipou que preveem que a China irá se abster.

Entre as 86 vítimas do ataque em Khan Sheikhun, na província de Idlib, 31 eram crianças. Os Estados Unidos atribuíram a ação ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

Em represália, Washington ordenou o disparo de 59 mísseis de cruzeiro Tomahawk de navios de guerra no Mediterrâneo contra a base aérea síria de Shayrat, causando fortes danos.

Este texto revisado incorpora sugestões de Rússia, China e outros 10 membros do Conselho, mas mantém as demandas específicas de que a Síria entregue informações sobre suas operações militares de 4 de abril, indicaram diplomatas.

"Fizemos um projeto de resolução deliberadamente com o consenso em mente", disse Rycroft.
"Custo muito a entender quantos membros do Conselho de Segurança votariam contra qualquer parte desta resolução", acrescentou.


Previamente, o embaixador francês, François Delattre, apoiou a proposta. "Não podemos abandonar e devemos tentar, de boa fé, fazer o melhor que podemos, conseguir uma resolução condenando o ataque, solicitando uma investigação profunda", disse a jornalistas.

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