quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Candidatura de Marina Silva pode dificultar reeleição de Dilma, diz cientista

Com a morte prematura de Eduardo Campos (PSB), na manhã desta quarta-feira (13), o cenário eleitoral ainda é incerto. Entretanto, a candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República pode ser a que mais sofrerá, caso Marina Silva substitua o ex-governador de Pernambuco na disputa. A previsão é do cientista político da Universidade Federal a Bahia (Ufba), Jorge Almeida

“Se Marina for a candidata, e é o que se imagina, já que o PSB dificilmente terá outro nome, vai complicar significativamente o processo eleitoral. O segundo turno deixa de ser uma possibilidade e passa a ser uma probabilidade”, afirma Almeida.

Marina tem mais densidade eleitoral do que tinha Eduardo Campos. Foi candidata a presidente em 2010, e teve mais de 20 milhões de votos. Nas pesquisas, quando o nome dela era citado como candidata, tinha percentual maior do que Eduardo. “Marina tinha um alcance mas amplo nas pesquisas. Embora nem todo o eleitorado de Eduardo vá para ela, ainda assim Marina consegue ter um número significativo de eleitores que sempre a apoiaram”.

Para Jorge, a situação de Dilma se complica. As inúmeras reações nas redes sociais, com chacotas sobre a petista relacionadas com morte de Eduardo, podem não representar apenas piadas de mau gosto. “Em parte, esse avião caiu na cabeça de Dilma e do PT”, assinala.

Sobre os rumos da candidatura da senadora Lidice da Mata ao governo baiano, Jorge Almeida preferiu não fazer grandes considerações. "A candidatura dela foi uma imposição, foi forçada desde o início. Acho que a candidatura não vai além do que já foi, mas não saberia dizer se ela a manterá". 

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