sábado, 3 de novembro de 2012

PARA ONDE CAMINHA A CULTURA DE LAURO DE FREITAS?

Se Raimundo, eterno presidente do Bankoma,  estivesse vivo.. ele perguntaria: “Para onde caminha a Cultura de Lauro de Freitas ?”
Sempre ouvimos falar na cidade sobre obras nas áreas de saneamento, infra-estrutura, habitação, etc.  A maior parte delas só tiveram sua execução possível porque foi captado recurso na esfera federal ou estadual. O  programa Minha Casa Minha Vida, A concha Cústica e o Restaurante Popular, marcos da Gestão de Moema,  não existiriam sem o apoio, por exemplo,  do Governo Federal.
A captação desses recursos só foi possível porque havia projetos. A lógica nos mostra então que na falta de recurso municipal para investimento em ações e projetos, há uma alternativa viável, legal e objetiva que é a captação de recursos em outras esferas de governo.
Curiosamente essa lógica não atinge todas as secretarias do mesmo governo. Basta compararmos o volume de projetos e ações das secretarias para constatarmos que há uma discrepância assustadora de volume de ações dentro da mesma administração. Para ilustrar bem isso, vamos tomar como exemplo a Secretaria de Cultura de Lauro de Freitas.
Diariamente, através de consultas simples na internet – sites do Ministério da Cultura e da Secretaria Estadual de Cultura – verificamos a disponibilidade de inúmeros editais nas áreas de teatro, vídeo, áudio, manifestações populares, entre outras. Curiosamente, em Lauro de Freitas, não verificamos nenhum desses editais sequer sendo formatados. Ai você deve pensar que isso acontece porque ações equivalente as propostas nesses editais estão sendo realizadas com recursos próprios. Ledo engano! Constatamos que não há ações equivalentes e muito menos projetos para captação de recursos através desses editais. Ou então, se existem, estão trancadas a sete chaves, pois não conseguimos encontrá-las, muito menos os mobilizadores culturais existentes na cidade.
Você, leitor, pode imaginar então que não há estrutura para elaboração dos projetos, porque não há recursos para contratar tal mão de obra. Enganou-se novamente. Constatamos que a Secretaria de Cultura de Lauro de Freitas possui uma equipe constituída por técnicos especializados em projetos. O setor conhecido como ASTEC é formado por especialistas  que fazem parte do quadro da secretária há vários anos.
Periodicamente é divulgado por e-mail, enviados pelo conselho de cultura e por agentes culturais da cidade, a comunicação de editais. Isso nos faz crer que a secretaria sabe da existência dos editais. Podemos concluir portanto, que não há falta de informação. Há falta de trabalho voltado para esse tipo de atividade. Simples assim.
Mas a Cultura não é a única que sofre com a crise da falta de projetos. Outras secretarias e até superintendências sofrem do mesmo mal. Podemos citar Suppir – Superintendência de Promoção da Igualdade  Racial – que por falta de recursos e projetos para captação deixou de mostrar resultados em diversos seguimentos como: comunidades tradicionais, aldeias, ciganos, entre outros, tendo seu trabalho focado no povo de santo.
Realizar ações através de editais é uma coisa tão real e possível que temos bons exemplos na cidade. Podemos citar, entre outros, o Grupo Ereoatá, o Bankoma e a Sociedade Cultural Távolaque realizam trabalhos fortes, consistentes e duradouros com recursos também captados por incentivos à cultura e editais. Porque instituições isoladas conseguem fazer e o poder público não consegue?
Outra questão importante  e que não pode deixar de ser discutida é o orçamento destinado a Cultura no município. Como está sendo  utilizado o fundo  de Cultura? Que percentual desse recurso estão sendo aplicado em projetos culturais ou para a realização do calendário cultural? Quais são esses projetos? Quais os critérios?
É interessante  constatar que nessas eleições os representantes da Cultura que  pleiteavam uma vaga em nossa casa legislativa tiveram resultados pouco expressivos, ex:  Menezes ( 257 votos);Antonio Liro ( 480 votos);
Diante do exposto,  o Café com Notícias considera importante que o próximo Secretario de Cultura tenha,  dentre outras qualidades, competência técnica para captar recursos,  além de  executar ações em parceria com outras Secretarias.
Tássio Revelat/Redação Café com Notícias

Um comentário:

  1. discordo, pois nao só tecnico mas temos que ter
    pessoas que fazem cultura pois votei em marcio nunca votei em moema e nem no pt tem orgulho em dizer isso,poque quero mudança se voltar que nao tenham compromisso com a cultura local em vou ser o primeiro a critcar o governo pois ja to cansado de sofrer nessa cidade desde o tempo de alguns secretarios, mas como politica é quatro em quatro anos ou em oito eu ainda estarei aqui rindo de alguns derrotados pois o poder politico é efemero nao eterno!Ora se nao faz cultura como pode ser secretario um engenheiro, medico,"professor"! tem que fazer arte tem que ter a arte no sangue nos olhos no pensamento no dia a dia só assim podemos melhorar a vida de alguns jovens de talento para dá abertura para o cidadao em nossa sociedade, pois cultura é pura é natural é vida nao gabinete tecnico!

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