terça-feira, 4 de setembro de 2012

COMUNIDADE DE ITINGA VIVE DENTRO DE ESGOTO



A Rua Cleiton Neves e a travessa que fica na Rua Maria Catarina S. Souza, no Loteamento Jardim Jaraguá no Bairro de Itinga em Lauro de Freitas, até em dias de sol são ameaçadas pelas consequências do esgoto a céu aberto. Em tempos de chuva, além de perder móveis e outros objetos com os alagamentos, os moradores contraem doenças por conta do esgoto que faz parte do dia-a-dia daquela localidade.
A autônoma Rose Porto diz que já perdeu todos os móveis em épocas de chuva. Para ela até em dias de sol o sofrimento não dar trégua, pois, segundo a moradora, a infestação de muriçocas (mosquitos) e ratos, representa uma ameaça constante para vida dos moradores, que entre eles  já existiram casos de doenças como; dengue e leptospirose, alergias de pele e respiratória. Rose Porto tenta se livrar do problema como pode: “Eu coloquei esse tubo e essa vala aqui, porque cansei de perder tudo aqui em casa quando chove, sem falar nos ratos invadindo a casa da gente.”, afirma Rose.
Seu Floro Pereira da Silva de 60 anos, morador da rua há 40 anos, fala que já colocou três camadas de concreto no piso para a água da chuva com o esgoto não invadir a sua casa. A quantidade de muriçocas não deixa o homem de 60 anos dormir. “Eu compro um tubo de baygon (inseticida) por semana e mesmo assim agente não aguenta com tanta muriçoca.”, desabafou seu Floro.
Ali perto na Rua Maria Catarina S. Silva, a travessa que não tem nome e abriga muitas famílias, que são vítimas de um quadro lastimável, desumano e no mínimo deprimente. As imagens são chocantes e o mau cheiro também.
Crianças convivem com ratos e muitos mosquitos, pessoas já caíram nessa vala de esgoto a céu aberto e um homem parou numa Unidade de Tratamento Intensivo por conta disso (UTI), como relata o morador João de Jesus. O lixo acumulado deixa a situação ainda pior, quando chove, o esgoto invade rapidamente as casas que beiram a vala.
Segundo os moradores a prefeitura faz limpezas periódicas na vala de esgoto, mas isso não é o suficiente. A rua estreita, que não é pavimentada e tomada pelo lixo acumulado, completa o cenário de descaso com a comunidade que convive sem dignidade e de forma subumana.     
Por: Jota Silva.

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