O
PP baiano deu largada à negociação com o PT e pode anunciar apoio à
candidatura do deputado federal Nelson Pelegrino à prefeitura de
Salvador nos próximos dias.
Segundo
matéria publicada no jornal Tribuna da Bahia, em reunião realizada na
segunda-feira (11), os caciques pepistas sentaram-se à mesa para
negociar com o candidato petista.
Conforme
a publiação, a dificuldade estaria apenas na garantia de inserção dos
programas de governo do PP nos projetos do PT, fato que só reforça a
tese de adesão à campanha.
O
encontro contou com a presença dos deputados federais e líderes do PP
no estado, Mário Negromonte e João Leão, do secretário estadual de
Indústria Naval e Portuária, Carlos Costa, e até mesmo do ex-secretário
municipal de Infraestrutura, José Mattos, que, vale lembrar, é cotado
para assumir a vaga de vice na chapa majoritária encabeçada por
Pelegrino.
“Eu,
João Leão e o prefeito João Henrique estamos conversando com o PT que é
nosso aliado em nível federal e estadual, assim como estamos
conversando com o PCdoB e PDT, e a nossa decisão pode sair até o dia 30
(prazo para o anúncio) ou antes. Entretanto, é preciso deixar claro que
todas as deliberações tomadas são acordadas e que não existe racha no
nosso partido. Leão é meu amigo há mais de 20 anos”, assegurou o
político ao impresso, referindo-se aos rumores de que ele teria passado
por cima do companheiro em prol de interesses não apenas partidários.
Questionado se existia imposição em torno da indicação do vice,
Negromonte não confirmou, mas mandou o recado.
“O
cargo de vice pleiteia quem tem o maior partido, maior densidade
eleitoral, tempo de televisão... Enfim, tudo pesa”, destacou,
complementando que o PP possui hoje cinco deputados estaduais, cinco
federais, três vereadores na Câmara de Salvador, três secretários de
estado e ainda tempo de televisão. “Em suma, possui legitimidade e o
nome de Zé Mattos é um nome forte”.
O
deputado João Leão, por sua vez, embora tenha dito que continua
candidato, afirmou que as conversas não cessaram. Num claro sinal de
que o diálogo, entretanto, está adiantado, ele admitiu que o governador
Jaques Wagner tem se empenhado muito em prol dessa aliança, mas que
algumas questões estão em análise, a exemplo de programas de governo.
“Apenas não chegamos a um consenso. De forma natural, reivindicamos que
nossos programas de governo sejam inseridos no do PT”, reforçou. Por
fim, ponderou que não existe briga dentro do partido e que ninguém é
contra a sua candidatura.
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