terça-feira, 12 de junho de 2012

Caciques do PP sentam para negociar com Pelegrino



O PP baiano deu largada à negociação com o PT e pode anunciar apoio à candidatura do deputado federal Nelson Pelegrino à prefeitura de Salvador nos próximos dias. 
 
Segundo matéria publicada no jornal Tribuna da Bahia, em reunião realizada na segunda-feira (11), os caciques pepistas sentaram-se à mesa para negociar com o candidato petista. 
Conforme a publiação, a dificuldade estaria apenas na garantia de inserção dos programas de governo do PP nos projetos do PT, fato que só reforça a tese de adesão à campanha.
 
O encontro contou com a presença dos deputados federais e líderes do PP no estado, Mário Negromonte e João Leão, do secretário estadual de Indústria Naval e Portuária, Carlos Costa, e até mesmo do ex-secretário municipal de Infraestrutura, José Mattos, que, vale lembrar, é cotado para assumir a vaga de vice na chapa majoritária encabeçada por Pelegrino. 
 
“Eu, João Leão e o prefeito João Henrique estamos conversando com o PT que é nosso aliado em nível federal e estadual, assim como estamos conversando com o PCdoB e PDT, e a nossa decisão pode sair até o dia 30 (prazo para o anúncio) ou antes. Entretanto, é preciso deixar claro que todas as deliberações tomadas são acordadas e que não existe racha no nosso partido. Leão é meu amigo há mais de 20 anos”, assegurou o político ao impresso, referindo-se aos rumores de que ele teria passado por cima do companheiro em prol de interesses não apenas partidários. Questionado se existia imposição em torno da indicação do vice, Negromonte não confirmou, mas mandou o recado. 
 
“O cargo de vice pleiteia quem tem o maior partido, maior densidade eleitoral, tempo de televisão... Enfim, tudo pesa”, destacou, complementando que o PP possui hoje cinco deputados estaduais, cinco federais, três vereadores na Câmara de Salvador, três secretários de estado e ainda tempo de televisão.  “Em suma, possui legitimidade e o nome de Zé Mattos é um nome forte”. 
 
O deputado João Leão, por sua vez, embora tenha dito que continua candidato, afirmou que as conversas não cessaram.  Num claro sinal de que o diálogo, entretanto, está adiantado, ele admitiu que o governador Jaques Wagner tem se empenhado muito em prol dessa aliança, mas que algumas questões estão em análise, a exemplo de programas de governo. “Apenas não chegamos a um consenso. De forma natural, reivindicamos que nossos programas de governo sejam inseridos no do PT”, reforçou. Por fim, ponderou que não existe briga dentro do partido e que ninguém é contra a sua candidatura. 

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