Fina Estampa termina com a moral de ter levantado a audiência do horário nobre da Globo/TV Bahia. No geral, a novela teve média de 41 pontos no Ibope - cada ponto corresponde a cerca de 60 mil pessoas. As antecessoras, Insensato Coração e Passione marcaram 35,5 pontos em média.
Um dos responsáveis por deixar o telespectador grudado em frente à TV tem nome e sobrenome: Crodoaldo Valério, o mordomo Crô, interpretado por Marcelo Serrado. “Foi o melhor trabalho da carreira do Serrado, que vinha de uma série de galãs e um vilão dos mais violentos - o delegado Dênis Nogueira, de Vidas Opostas, da Record - e entrou na pele de um gay afeminado”, ressalta Rodolfo Bonventti, colaborador do livro Memória da Telenovela Brasileira.
A falta de compromisso da trama com a realidade também agradou ao público. Para Claudino Mayer, autor do livro Quem Matou... o Romance Policial na Telenovela, “um homem como René (Dalton Vigh) se apaixonando por uma mulher como Griselda (Lilia Cabral) numa esquina de Copacabana... Isso é legal, faz o telespectador sonhar”.
Responsável também por outros sucessos da teledramaturgia brasileira, Aguinaldo Silva usou a novela para fazer autorreferências e citar suas próprias novelas. O modo como a vilã, Tereza Cristina (Christiane Torloni) matou algumas de suas vítimas lembrou Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), de Senhora do Destino (2004), que assassinava os inimigos empurrando-os escada abaixo.
Além disso, no final, Íris (Eva Wilma) e sua companheira Alice (Thaís de Campos) viajam de caminhão para a fictícia cidade de Greenvile, onde se passava a história de A Indomada (1997). O último capítulo de Fina Estampa vai ao ar hoje, com reapresentação amanhã.
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