quinta-feira, 1 de setembro de 2011


31/08/2011 às 19:01
| ATUALIZADA EM: 31/08/2011 ÀS 22:40 | COMENTÁRIO (0)

"Fidel deve desculpas aos homossexuais antes de morrer", diz GGB

Biaggio Talento

Salvador – O Grupo Gay da Bahia (GGB) pretende realizar em outubro uma exposição de fotos, documentos e depoimentos documentando a homofobia em Cuba. A entidade dispõe de inúmeras cartas de gays cubanos, recebidas nos últimos 30 anos, em que se denuncia perseguições e “a busca avidamente de um companheiro no Brasil para fugir do inferno que ainda hoje representa ser homossexual num país que não aprendeu a lição de Che Guevara: 'Hay que endurecer, sem perder jamais a ternura'”, diz trecho de nota divulgada nessa quarta, na capital baiana.

Nem mesmo o lendário Guevara é poupado pelos ativistas. Conforme o fundador do GGB, antropólogo Luiz Mott, “consta que o próprio Guevara, ao encontrar na Biblioteca da Embaixada Cubana em Argel, a obra Teatro Completo de Virgilio Piñera, homossexual assumido, jogou o livro na parede, dizendo: 'como vocês têm na nossa embaixada o livro de um ‘pajaro maricon’!” o sinônimo cubano para veado”.

Contudo, o principal alvo dessa nova campanha da entidade é o “comandante” Fidel Castro. Mott considera insuficiente a declaração de Fidel em setembro de 2010 assumindo ser "responsável último" pela perseguição aos homossexuais praticada pelo seu governo. Desde 1981 o GGB denuncia a suposta homofobia estatal de Cuba. A entidade “exige” que Fidel antes de morrer, “peça desculpas publicamente, como fez o Imperador do Japão em relação aos Coreanos”. Isso pelo fato de, argumenta o ativista, “em 1992 Fidel mentiu ao declarar: 'Nunca promovi políticas contra homossexuais'”

Conforme o GGB, calcula-se que mais de 10 mil gays e travestis foram expulsos de Cuba na primeira década da revolução e de acordo com os informes da Fundación Reinaldo Arenas, entre 2007-2008 mais de 7 mil gays foram autuados pela Polícia Nacional Revolucionária. Ainda em 2010 mais de 700 gays foram detidos, segundo denuncia o ativista cubano Aliomar Janjaque.

“O premiado filme Morango e Chocolate, de Reinaldo Arenas, mostra realisticamente a crueldade deste “erro” capitaneado por El Comandante Fidel; Arenas, vítima desta repressão, suicidou-se em 1990, aos 47 anos. O GGB pretende iniciar ação internacional junto à Corte Penal Internacional e Tribunal Internacional de Justiça (Haia)”, disse Mott.

Fonte: A TARDE

Um comentário:

  1. Liberdade ao povo de Cuba.3 de setembro de 2011 às 20:36

    Mott, porque você não tenta resolver os problemas das Bibas descriminada na sua terra? Deixa que as Bibas de Cuba, resolva seus problemas internos, até porque, nunca ouvir dizer que as Bibas de Cuba, citasse algum problemas, em relação as Bibas daqui. Você tem que falar do maior problema que enfrenta o povo Cubano, que é a falta de democracia nas ilhas Cubanas.

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