quarta-feira, 3 de maio de 2017

Diretor do FBI diz que Rússia ainda influencia na política dos EUA




O diretor do FBI, James Comey, afirmou nesta quarta-feira (3) que o governo russo ainda trata de influenciar na política dos Estados Unidos e representa "a maior ameaça" para a segurança da nação.

Em uma audiência no Comitê de Justiça do Senado, o senador republicano Chuck Grassley perguntou a Comey se o Kremlin continua envolvido em ações que afetam a política dos EUA, a quem Comey respondeu de maneira afirmativa com um "sim".

Em seguida, Comey descreveu a Rússia como "a maior ameaça" para a segurança dos Estados Unidos, dada sua "intenção e sua capacidade".

Comey considerou que a Rússia ainda trata de causar impacto na política dos EUA pelos bons resultados que obteve no ano passado, quando supostamente a inteligência russa perpetrou ataques cibernéticos para influenciar nas eleições de 2016 e favorecer o agora presidente, Donald Trump, contra a aspirante democrata Hillary Clinton.

"Acredito que uma das lições que os russos podem ter aprendido com isto é que funciona", disse Comey.

O diretor do FBI enfrenta nesta quarta em uma audiência do Senado numerosas perguntas sobre a ingerência russa nas eleições, bem como sobre a investigação aberta a Hillary pelo uso que fez de servidores de e-mail privado para comunicações oficiais quando era secretária de Estado (2009-2013).

Durante a audiência, o senador Grassley, presidente do Comitê de Justiça da Câmara alta, pediu a Comey explicações sobre diferentes pontos da investigação russa, como um suposto dossiê que o Kremlin tem com informação comprometedora sobre a vida de Trump e com o qual presumivelmente tratou de chantagear o magnata.

O relatório foi elaborado pelo ex-espião britânico Christopher Steele e, desde que foi vazado em janeiro pelo site Buzzfeed, a autenticidade de seu conteúdo não pôde ser verificada.

O relatório fala de um sórdido encontro de Trump com prostitutas no quarto de um hotel de Moscou filmado com câmeras e microfones dos serviços de inteligência russo e também recolhe grandes ofertas de negócios em Moscou ou São Petersburgo para influenciar Trump.

Frente a estas perguntas, Comey rejeitou fazer comentários e disse que não podia confirmar em público informações que poderiam fazer parte da investigação russa.

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