O diretor do FBI, James Comey,
afirmou nesta quarta-feira (3) que o governo russo ainda trata de influenciar
na política dos Estados Unidos e representa "a maior ameaça" para a
segurança da nação.
Em uma audiência no Comitê de
Justiça do Senado, o senador republicano Chuck Grassley perguntou a Comey se o
Kremlin continua envolvido em ações que afetam a política dos EUA, a quem Comey
respondeu de maneira afirmativa com um "sim".
Em seguida, Comey descreveu a
Rússia como "a maior ameaça" para a segurança dos Estados Unidos,
dada sua "intenção e sua capacidade".
Comey considerou que a Rússia
ainda trata de causar impacto na política dos EUA pelos bons resultados que
obteve no ano passado, quando supostamente a inteligência russa perpetrou
ataques cibernéticos para influenciar nas eleições de 2016 e favorecer o agora
presidente, Donald Trump, contra a aspirante democrata Hillary Clinton.
"Acredito que uma das lições
que os russos podem ter aprendido com isto é que funciona", disse Comey.
O diretor do FBI enfrenta nesta
quarta em uma audiência do Senado numerosas perguntas sobre a ingerência russa
nas eleições, bem como sobre a investigação aberta a Hillary pelo uso que fez
de servidores de e-mail privado para comunicações oficiais quando era
secretária de Estado (2009-2013).
Durante a audiência, o senador
Grassley, presidente do Comitê de Justiça da Câmara alta, pediu a Comey
explicações sobre diferentes pontos da investigação russa, como um suposto dossiê
que o Kremlin tem com informação comprometedora sobre a vida de Trump e com o
qual presumivelmente tratou de chantagear o magnata.
O relatório foi elaborado pelo
ex-espião britânico Christopher Steele e, desde que foi vazado em janeiro pelo
site Buzzfeed, a autenticidade de seu conteúdo não pôde ser verificada.
O relatório fala de um sórdido
encontro de Trump com prostitutas no quarto de um hotel de Moscou filmado com
câmeras e microfones dos serviços de inteligência russo e também recolhe
grandes ofertas de negócios em Moscou ou São Petersburgo para influenciar
Trump.
Frente a estas perguntas, Comey
rejeitou fazer comentários e disse que não podia confirmar em público
informações que poderiam fazer parte da investigação russa.
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