sexta-feira, 28 de abril de 2017

Réu executado nos EUA teria sofrido 'convulsões horríveis'



O advogado do homem que foi executado na noite de quinta-feira (27) no Arkansas, a mais recente de uma série de execuções antecipadas nesse estado americano, exigiu uma investigação porque seu cliente teria sofrido convulsões durante a aplicação da injeção letal.

"Os relatos da execução de Williams são horrendos", escreveu em um comunicado um dos seus advogados, Shawn Nolan. "Os relatórios de jornalistas apontam que passados três minutos do início da execução, nosso cliente começou a tossir, convulsionar e se sacudir com um som que se podia ouvir inclusive com o microfone desligado".


O Nolan acrescentou que sua equipe exige uma "investigação completa" sobre o ocorrido, enquanto a organização de direitos humanos ACLU acusou o governador Asa Hutchinson de ignorar os "riscos bem documentados" do midazolam, o medicamento no centro da polêmica.

Kenneth Williams, de 38 anos, autor de quatro homicídios, morreu pouco antes da meia-noite de quinta-feira depois de que advogados, ativistas e inclusive a filha de uma das suas vítimas mortais fizeram o possível para que a justiça lhe concedesse clemência.

Mas a Suprema Corte de Justiça desestimou todos os recursos e o homem recebeu o sedativo midazolam - o primeiro dos três medicamentos do coquetel letal - às 22h52 locais.

Williams era o último dos oito réus do cronograma acelerado de execuções que Hutchinson tinha previsto para este mês, argumentando que o prazo de validade dos seus estoques de midazolam expirava neste domingo. Metade dos oito homens conseguiu adiar suas execuções.

Os jornalistas que testemunharam a execução de quinta-feira declararam que Williams começou a se sacudir três minutos depois de receber o midazolam.

"Seu peito se sacudia fortemente e se escutavam barulhos", descreveu a repórter da Fox 16 Donna Terrell. "O microfone estava desligado e ainda assim podíamos ouvir (...). Soava como se ele estivesse ofegante tentando respirar".

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