presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta
quarta-feira (12) que enviará à Coreia do Norte uma armada (uma poderosa frota
de navios), diante das ameaças do regime de Pyongyang e um dia depois de
conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre o aumento das tensões com
o regime liderado por Kim Jong Un.
"Estamos enviando uma armada. Muito poderosa",
afirmou Trump em entrevista à rede Fox Business Network esta manhã, em
referência ao envio do porta-aviões USS Carl Vinson e seu grupo de ataque para
águas próximas à Coreia do Norte como mostra de força.
"Temos submarinos muito poderosos, muito mais poderosos
do que qualquer porta-aviões. Isso é o que eu posso dizer", enfatizou
Trump, acrescentado que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, está "fazendo
a coisa errada".
O governo americano advertiu o governo norte-coreano sobre
as provocações das últimas semanas com os testes de lançamento de mísseis
balísticos que fizeram aumentar a preocupação na zona, especialmente na Coreia
do Sul e no Japão, parceiros estratégicos de Washington.
Sem ajuda
Nesta terça (12), em uma mostra de crescente exasperação,
Trump advertiu a China, principal aliado do regime norte-coreano, de que estava
disposto a resolver o problema norte-coreano sem sua ajuda. Como resposta, o
presidente chinês ligou para o americano, apenas alguns dias depois do primeiro
encontro de ambos na Flórida, para expressar interesse em manter a coordenação
com Trump em relação a Pyongyang.
Xi defendeu na conversa com Trump "resolver os
problemas através do diálogo", informou a rede de TV oficial chinesa,
"CCTV", e reiterou que o Executivo em Pequim continua comprometido
com a desnuclearização da península coreana e procura manter a paz e
estabilidade na região.
O recente ataque aéreo dos Estados Unidos a uma base do regime
sírio de Bashar al-Assad foi interpretado também como uma mensagem a Pyongyang
de que a política externa de contenção e multilateralismo, defendida pelo
ex-presidente Barack Obama, acabou.
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