quinta-feira, 13 de abril de 2017

Colega suspeita que ciúmes motivou homicídio em academia


Um conhecido de Jumária dos Santos Barbosa, 41, morta dentro de uma academia em Lauro de Freitas, acredita que o crime tenha motivação passional, já que, segundo ele, “o namorado da moça é muito ciumento”. “Foi o namorado dela, o italiano. Foi ele quem mandou fazer isso. Está na Itália, é um milionário. Tinha ciúmes porque ela fazia academia”, disse o homem, sob anonimato.

Ainda conforme ele, durante o levantamento cadavérico, além das polícias Civil e Militar, agentes da Polícia Federal também estiveram no local. “Ela era gente boa, educada. Chegava, estacionava o C3 [Citroën] vermelho ali [em frente à academia], falava com a gente e subia”, completou o rapaz.

Delegado evita especulações

O delegado Joelson Reis não confirmou se uma das linhas de investigação aponta para um possível crime passional ou se o marido de Jumária, que encontra-se na Itália, foi o mandante. No entanto afirmou que todas as possibilidades estão sendo analisadas.

“O leque de investigação tem que ser amplo. Já sabemos quem atirou, mas ainda não temos a identificação dele. Estamos trabalhando para identificá-lo e prendê-lo e depois sabermos a motivação”, ponderou o titular.

Na tarde desta quarta, dois irmãos de Jumária, amigos e funcionários da academia, inclusive o estagiário que acompanhou o suspeito, foram ouvidos na delegacia. Conforme Reis, as informações passadas pelos irmãos da mulher não ajudaram muito para a elucidação do crime.

“Os irmãos não esclareceram muita coisa. Disseram que tinha uns cinco anos que estavam afastados da vítima. Jumária estava morando em Ipitanga, Lauro de Freitas, há dois anos e, segundo o delegado, era casada com o italiano desde 2004. Ela não tinha filhos.

Suspeito

Alto, magro, branco, cabelo preto e aparentando ter entre 19 e 21 anos. Estas são as características do homem suspeito de executar a tiros a bacharel em direito Jumária dos Santos Barbosa, 41 anos, dentro da academia Nível 1, em Lauro de Freitas (Região Metropolitana de Salvador), segundo o delegado Joelson Reis, titular da 23ª Delegacia (Lauro de Freitas).

Jumária foi assassinada com quatro tiros na cabeça, à queima-roupa, por volta das 9h20, enquanto fazia atividade física. Ela chegou na academia às 9h, 20 minutos antes do delito.

"Ele chegou sozinho e pediu para conhecer a academia, disse que queria se matricular. Depois pediu para ir ao banheiro e quando saiu, já foi em direção à vítima, atirou quatro vezes e fugiu correndo", narrou o delegado.

Conforme ele, durante a visita às dependências da academia, o suspeito foi acompanhado e orientado por um estagiário.

Reis revelou que nas imagens das câmeras de segurança de alguns estabelecimentos comerciais da Avenida Brigadeiro Mário Epinghaus, rua onde o crime foi cometido, foi possível ver o criminoso andando a pé sozinho em direção à academia. As câmeras também registraram o homem fugindo a pé.


"Algumas pessoas falaram que um carro o aguardava. Mas as imagens que tivemos acesso não mostram isso. Estamos coletando outras imagens para verificar se, pelo menos, mais uma pessoa participou do crime", disse Reis.

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