segunda-feira, 10 de abril de 2017

Barragens de abastecimento de água para Salvador e RMS estão em estado de alerta

Foto Reprodução Voz da Bahia

Apesar das fortes chuvas que atingiram Salvador nos últimos dias, a água não foi suficiente para aumentar os níveis das barragens que abastecem a capital baiana e municípios da região metropolitana. "As chuvas não estão caindo nas áreas necessárias para promover a recuperação dos níveis das barragens. Para recarregar os mananciais que abastecem Salvador e parte da TMS, é preciso que chova na bacia do recôncavo norte, na região de Camaçari, Mata de São João e Dias D'Ávila", explica o presidente da Embasa, Rogério Cedraz. A barragem de Pedra do Cavalo, responsável por cerca de 60% do abastecimento de Salvador, está com 62,88% da sua capacidade total de acumulação. O restante do sistema é abastecido pelas barragens de Joanes I (atualmente com 85,18% de sua capacidade total), Joanes II (36,63%), com menor contribuição dos reservatórios de Ipitanga I (41,81%) e Ipitanga II (30,91%). Salvador conta ainda com a barragem de Santa Helena que, no ponto de captação atual, situado no rio Jacumirim, encontra-se com 59,96% da sua capacidade total. Esse reservatório reverte água para Joanes II. Quando considerado o volume útil, calculado entre o nível máximo e o nível de captação da água, os reservatórios apresentam atualmente os seguintes percentuais de armazenamento: Pedra do Cavalo (22,85%), Joanes I (68%), Joanes II (8,08%), Ipitanga I (20,09%), Ipitanga II (30,62%) e Santa Helena (10,65%). Com o propósito de aumentar o volume de água armazenado na barragem de Joanes II, a Embasa adquiriu equipamentos para fazer a reversão do lago de Santa Helena para o rio Jacumirim, que abastece a barragem. Foram investidos R$ 2,5 milhões no sistema de bombeamento que entrou em operação no mês de março e possibilitou o acréscimo de quatro mil litros por segundo no volume de água do rio. A empresa garante que também está fazendo a perfuração progressiva de 14 poços em uma área próxima à Estação de Tratamento de Água (ETA) principal, no município de Candeias, com custo estimado em R$ 70 milhões. Isso deve proporcionar o aumento de mil litros por segundo. “Além dessas ações emergenciais e da redução de oferta de água bruta para indústria, lançamos campanha de alerta e de incentivo ao uso racional da água e estamos intensificando nossas ações de combate a fraude. Com apoio da Secretaria de Segurança Pública já autuamos lava a jatos em diversos lugares de Salvador e temos muitas outras ações programadas. Estamos enfrentando a pior seca dos últimos 100 anos na Bahia. A situação vem se agravando e tornando cada vez mais crítica a condição dos nossos mananciais. Por isso, precisamos do apoio de todos para economizar a água que temos disponível. O uso racional da água é fundamental nesse momento. Estamos levando em consideração todas as possibilidades, caso a situação não se altere nas próximas semanas, inclusive, o racionamento”, ressalta Cedraz. A Embasa lançou também o edital de licitação da obra da primeira etapa da ampliação da captação na barragem de Santa Helena, com recurso orçado em R$ 168 milhões. Essa obra prevê a implantação de uma adutora de água bruta com extensão de 10,7 km, em paralelo às duas adutoras já existentes, além da instalação de cinco equipamentos de bombeamento novos na estação elevatória de água bruta existente e de melhorias em sua infraestrutura.

Fonte Bahia Notícias

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