O Produtor Cultural Duzinho Nery comprova pagamento a Comissão Julgadora do Festival através de depósitos e afirma que aguardava apenas que o Prefeito de Lauro de Freitas Márcio Paiva repassasse o recurso prometido e diz que se sentiu magoado pela forma desnecessária que evoluiu o fato.
Se produzir arte e cultura no estado da Bahia é uma via crucis de sofrimento e humilhação, como essa que o produtor cultural e diretor teatral Duzinho Nery vem sofrendo injustamente. Isso por todas as dificuldades encontradas por ele e pela maioria dos produtores, através dos poderes públicos em todas as instâncias. Quando se consegue o patrocínio, apoio ou financiamento, é muito comum o atraso do repasse do recurso por meses e até por anos após a realização. Seja através do Fundo de Cultura do Estado ou através de repasses de recursos oriundos do fundo municipal de cultura, no caso, em Lauro de Freitas-BA.
O produtor Cultural Duzinho Nery, que carrega o "piano nas costas" ao produzir importantes atividades culturais na Bahia, contribuindo com a democratização e o acesso a cultura, que estava sendo acusado injustamente de ter "passado o calote" nos jurados Ana Ribeiro (Diretora e Fonoaudióloga), Luiz Bandeira (Diretor Teatral) e Heraldo Souza (Diretor e Dramaturgo), que compuseram a comissão que avaliaram os espetáculos concorrentes do FIT Bahia, festival de caráter nacional que ocorreu em dezembro de 2014, na sua 8ª edição. Sendo que Heraldo Souza, parceiro de longas datas do festival e do produtor, não comungou e nem participou desta "denúncia", por ter a consciência que existe da parte do poder público esta morosidade e falta de interesse pelo fomento cultural.
A denúncia dos dois membros da Comissão Julgadora foi veiculado no site Bocão News, no dia 16 de outubro de 2015. Infelizmente Nery sequer teve a oportunidade de se defender ou justificar os atraso, para ter a sua versão publicada e acessada pelos internautas, onde ainda o Secretário de Cultura e o Coordenador Executivo da época, contribuíram com a noticia, omitindo o acordo do produtor com o prefeito Dr. Márcio Paiva, que coincidentemente logo após alguns dias das denúncias os valores do cachê de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais) foram efetuados para cada um deles.
Acima o comprovante de pagamento da Fonoaudióloga e Diretora Ana Lúcia de Carvalho Ribeiro.
Acima o comprovante de pagamento ao diretor teatral Luiz Antonio Bandeira da Silva.
O produtor cultural que conta que jamais deixou de se justificar para ambos, principalmente por desfrutar de excelente relação, especialmente com Ana Ribeiro, que foi sua professora de técnica vocal no programa Retrate Interior, e mantinha um vínculo de amizade.
Portanto, Duzinho Nery de fato achou que teve mesmo foi falta de vontade do prefeito Marcio Paiva, que em nenhum momento priorizou ou sequer ouvia as suas intermináveis cobranças e que de fato os denunciantes queriam algo de direito, fruto dos seus trabalhos. "Não foi a primeira vez que sofri com atrasos nos pagamentos das minhas produções. Na maioria das vezes acontecem estas "encrencas", seja pela Prefeitura de Lauro de Freitas ou pela Secretaria de Cultura do Estado, com estes costumeiros atrasos, ninguém compreende o Produtor, que fica na linha de frente e sofre com todos os tipos de acusações, mesmo sem ter culpa". Desabafa Nery.
O produtor disse ainda que a partir desta data, não vai realizar nenhuma atividade cultural, antes que o recurso esteja com a produção desde o seu início, justamente para evitar estes desgastes desnecessário. E garante que mesmo com todos os empecilhos encontrados referente a estes atrasos de repasses de recursos dos poderes públicos, jamais nenhum grupo ou artista que se apresentaram em quaisquer edição do festival, ficaram sem receber seus respectivos cachês. E disse: "Fiquei magoado pela proporção desnecessária do fato. Já estava praticamente resolvido. Eu carrego a culpa apenas por ser o produtor, mas a minha responsabilidade com a arte e com os colegas artistas, jamais vou perder. Além de produtor sou diretor de teatro, participo de festivais por todo o Brasil e vejo que a maioria das produções passam por estes mesmas dificuldades, o problema é crônico. A cultura não é prioridade em lugar algum". Pondera Nery. Que ainda indignado como alguns meios da imprensa que repercute notícias como esta. "Infelizmente alguns veículos da imprensa enfatizam o lado negativo, contribuindo com a difamação injusta de pessoas honestas e lutadoras. Veja qual destes veículos divulgaram o nosso festival que apresentou gratuitamente espetáculos de teatro de várias partes do Brasil nas praças públicas e na periferia, e que ofertou oficinas de artes e workshop para alunos e alunas da rede pública de ensino e para as comunidades? Contamos de dedo!" Finaliza Duzinho Nery.
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