Presidente da Fundação Palmares visita Lauro de Freitas para firmar parceria

 

Preocupada em preservar a comunidade de Quingoma, que é remanescente de quilombos, a Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas (PMLF) promoveu uma reunião nesta quinta-feira (14), na Secretaria de Cultura, em Portão. O prefeito Márcio Paiva, o presidente da Fundação Palmares, do Ministério da Cultura, Hilton Cobra, o representante da Palmares na Bahia, Fábio Santana, o superintendente de Promoção a Igualdade Racial (Supir), Cláudio Reis, secretário de governo Márcio Leão, além de representantes do povoado discutiram questões sobre limites territoriais e preservação do patrimônio imaterial da comunidade.

 

Lauro de Freitas tem cerca de 163 mil habitantes, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cerca de 3.500 são quilombolas e residem na comunidade de Quingoma. A presença das raízes africanas e quilombolas é percebida pela quantidade de terreiros na cidade, são 487 templos. O prefeito Márcio Paiva se comprometeu a contratar um antropólogo para adiantar o processo de delimitação territorial. “Sabemos da importância da preservação do povo quilombola do nosso município. Vamos fazer o possível para ajudar no processo”, frisou o gestor. Após o estudo antropológico, o órgão responsável em fazer a cartografia é o Incra.

Para o presidente da Palmares, Hilton Cobra, é muito importante unir forças para garantir a preservação do território e a cultura do povo quilombola em Lauro de Freitas. “Vamos trabalhar juntos. Muito saber que temos o apoio da gestão municipal”, reforçou. Para o representante da Fundação na Bahia, Fábio Santana, a união das forças é fundamental no processo. Ele explicou que o principal propósito da reunião é pactuar ações que favoreçam a comunidade de Quingoma.

 

Segundo ele, três projetos serão desenvolvidos. “Palmares no Quilombo”, que desenvolve oficinas de artes e cultura para idosos, adultos e jovens, “Palmares na Escola”, que insere no contexto escolar práticas culturais e históricas e o “Curso para Elaboração de projetos para Povos de Terreiro”, que se propõe a capacitar os seguidores do candomblé para que tenham entendimento e possam se inscrever em editais e licitações públicas.