domingo, 6 de julho de 2014

CANDIDATOS AO GOVERNO DA BAHIA LÍDICE (PSB) E RUI COSTA (PT), SE ABRAÇAM NO TRE MAS TROCAM ACUSAÇÕES

Adversários na disputa eleitoral Lídice da Mata (PSB) e Rui Costa (PT) abrem sorrisos
 
Do mesmo time até o ano passado e agora em campos opostos na disputa pelo governo da Bahia, os candidatos Lídice da Mata (PSB) e Rui Costa (PT) se encontraram, na manhã deste sábado, 5, no Tribunal  Regional Eleitoral (TRE), durante a entrega do registro de suas candidaturas.
 
Trocaram abraços, beijinhos e até posaram para fotos, junto com integrantes das respectivas chapas. O clima amistosos do "encontro casual", no entanto, mudou quando o assunto entrou na propaganda e campanha eleitoral, que oficialmente começa neste domingo, 6.
 
Lídice, que declarou um gasto máximo de campanha de R$ 20 milhões e terá cerca de 2 minutos de propaganda na TV, disse que  estuda medidas jurídicas contra o que definiu de "reforço exagerado" e "demonstração de força" da propaganda governamental, que acaba, a seu ver, favorecendo o candidato petista.
 
"O que tenho observado, principalmente nos últimos 15 dias, é um reforço exagerado da propaganda do governo. Basta ligar os rádios que, de dez em dez minutos, tem uma propaganda do governo. Na televisão idem, (o governo) comprando horário nobre no Jornal Nacional (Rede Globo) e nos blocos que antecipam as novelas". Para a senadora, é claramente "uma demonstração de força", que desequilibra o jogo eleitoral.
 
"Espero que o TRE esteja atento à isso, porque há abuso do poder durante o período da campanha. Se as regras já são ruins, quando você abusa, aí se transforma praticamente em crime eleitoral", entende Lídice, defendendo uma reforma na legislação eleitoral para garantir a representação política da sociedade.
 
Legal
 
Rui Costa, que declarou ao TRE estimar um gasto máximo de campanha de R$ 65 milhões, refutou as críticas da candidata do PSB, quanto ao favorecimento da publicidade do governo do Estado em seu favor.
 
O petista, que terá cerca de 8 minutos e meio na TV, disse que isso não existe e que a legislação está sendo "respeitada e cumprida" pelo governador Jaques Wagner (PT), na medida em que as regras de propaganda eleitoral são definidas por lei.  "A Legislação é clara a esse respeito e, portanto, toda publicidade governamental, federal ou estadual só pode ser feita até a última sexta-feira", respondeu ele.
 
Em tom provocativo, disse ter certeza que outros estados como Pernambuco, governado pelo PSB e base política do candidato socialista à Presidência, Eduardo Campos, também estão cumprindo a legislação, da mesma forma que o governo da Bahia.
 
Depois de posar para foto ao lado do concorrente Otto Alencar (PSD), candidato ao Senado na chapa governista que estima gastar R$ 16 milhões na campanha, a ex-ministro no STJ e candidata a senadora pelo PSB, Eliana Calmon (prevê gastos de R$ 7 milhões) deu sua opinião.
 
Disse que o "defeito" está na legislação eleitoral e no próprio financiamento de campanha que, segundo ela, "também é uma mentira e uma falácia", que favorecem os candidatos mais ricos, afastando da política os novatos, a juventude e quem não topa fazer o "toma lá dá cá".

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