sábado, 14 de junho de 2014

'Foi extraordinário', diz paraplégico que usou exoesqueleto em abertura

Juliano Pinto conta bastidores do 'chute simbólico' na Copa.
Equipamento transforma força do pensamento em movimentos mecânicos.

Juliano Pinto, de 29 anos, que é paraplégico, deu um "chute simbólico" em uma bola de futebol na abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, utilizando o exoesqueleto, equipamento desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis (Foto: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo)Juliano Pinto, de 29 anos, que é paraplégico, deu um "chute simbólico" em uma bola de futebol na abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, utilizando o exoesqueleto, equipamento desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis (Foto: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo)
 
Um dia depois de ser protagonista de um experimento científico em plena abertura da Copa do Mundo do Brasil, Juliano Alves Pinto, de 29 anos, ainda comemora a oportunidade de ter sido escolhido para usar o exoesqueleto desenvolvido por um consórcio de pesquisadores, liderado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.

Nesta quinta-feira (12), na Arena Corinthians, o jovem deu um “chute simbólico” na Brazuca, a bola do Mundial, vestindo o equipamento criado pelo projeto “Andar de Novo”. Segundo os cientistas, a máquina transforma o pensamento em controles mecânicos, recuperando movimentos do corpo que foram paralisados por lesão medular.
 
Em entrevista ao G1 nesta sexta, por telefone, o jovem de Gália (SP) -- que ficou paraplégico após um acidente de carro -- disse que recomendaria essa experiência a todos e comentou sobre o momento que viveu.
 
“São sete anos e meio de lesão medular, não tendo o movimento dos membros inferiores. Depois de tudo, poder recuperar o controle deles, mandar no destino dos seus pés para que eles funcionem... O exoesqueleto fez isso de novo para a gente, trazendo os movimentos que perdemos. Posso dizer que é algo extraordinário, que se todo mundo pudesse fazer, iria amar”, explica o voluntário.

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