quinta-feira, 19 de junho de 2014

Contaminante em rede de esgoto pode ter causado acidente que matou 3, diz SRTE

Uma contaminante na rede de esgoto pode ter causado o acidente que matou três pessoas em uma obra da Embasa na manhã desta quarta-feira (18) no bairro de Cajazeiras IV, segundo análise inicial divulgada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE-BA). Dois trabalhadores e um cidadão morreram no acidente.
 
Um auditor fiscal foi encaminhado pela SRTE para o local do acidente, para analisar o que motivou as mortes. A obra estava sendo realizada pelo consórcio Passareli/MRM, em prestação de serviço à Embasa.
 
Além de uma possível contaminante na rede de esgoto, a SRTE também constatou que algumas exigências previstas por uma norma da portaria de segurança e saúde no ambiente de trabalho (NR 33) não estavam sendo cumpridas, o que também contribuiu para o acidente.
 
A obra foi embargada e só será retomada depois que se adequar às exigências, diz a SRTE em nota.
 
(Foto: Juarez Soares)
 
Mortes

Segundo a Embasa, as vítimas inalaram um gás que estava dentro de uma caixa de concreto armado, implantada a três metros de profundidade, e morreram durante a contaminação. Os técnicos foram identificados como Antônio Pereira da Silva e José Ivan Silva, funcionários vinculados à MRM/Passaralli, empresa que atua em consórcio com a Embasa.

Eles realizavam uma vistoria no local. Ao tentar ajudar os técnicos, um morador do local também se contaminou com o gás e morreu. Segundo a TV Bahia, Gilmário Conceição Barbosa era dono de um depósito de sucatas. O equipamento onde o acidente aconteceu faz parte de uma obra de implantação da rede de esgotamento sanitário.
Em nota, a Embasa garantiu que "o consórcio responsável pela execução da obra está investigando a origem do gás, uma vez que a rede de esgoto ainda não está em funcionamento". O serviço está pronto há três meses. A empresa deve investigar de que forma ocorreu esta contaminação, e se os técnicos utilizavam equipamento de segurança no momento do acidente.

Um comentário:

  1. Acidente poderia se chamar se as normas de segurança fossem cumpridas. Até na hora da investigação eles são falhos!
    Mandar um auditor fiscal pra investigar acidente de trabalho, esses cara estão no sentido literal da palavra fodendo com todo mundo. Não sabem picas do que estão falando somente sabem verificar empresas e situações através de planilhas de chek list. Essa merda toda é falta de treinamento em reconhecimento de risco; é falta de mão de obra qualificada; e falta de sinalização; e o descaso com a segurança dos trabalhadores; e a pressa; e a contenção de custo e falta de fiscalização por parte da embasa como contratante; é a ausência de um profissional chamado TST com experiência em espaço confinado equipado com ventilador, exaustor, mult-gás..... + um supervisor de espaço confinado, um observador de segurança treinado, um plano de resgate, uma equipe de resgate treinada em espaço confinado ao lado com sistema de 3x1 montado e pronto para operar e .......... Porém ficamos sempre no jeitinho brasileiro e mais pais de família perdem suas vidas no trabalho aqui nesse nosso pais nesse nosso estado. È uma tristeza muito grande eu fico desolado quando percebo que por mais que se estude e se procure fazer o melhor sempre tem um bando FDP que acha que segurança no trabalho não tem valor.

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