sexta-feira, 10 de agosto de 2012

JORGE AMADO: 100 ANOS NO CORAÇÃO DOS BAIANOS

Foto o TCA, show Fina Estampa de Caetano Veloso em 1997. Salve Jorge!!!

Minha vereadora Aline Oliveira e Jorge Amado Neto.

"Não tenho nenhuma ilusão sobre a importância de minha obra', afirmou Jorge Amado. 'Mas, se nela existe alguma virtude, é essa fidelidade ao povo brasileiro.'
A intimidade com que expôs traços, costumes e contradições da cultura brasileira foram um dos fatores por trás da popularidade de que Amado desfrutou em vida.
Mas no centenário de nascimento do escritor baiano, o reconhecimento sobre a importância de sua obra continua a crescer no Brasil e no exterior.
Amado é um dos escritores brasileiros mais conhecidos internacionalmente, com obras publicadas em 49 línguas e 55 países.
O interesse aumentou com a aproximação do centenário. Nos últimos três anos, pelo menos 45 contratos foram fechados com editoras estrangeiras para a publicação de seus livros, conta Thyago Nogueira, editor responsável por sua obra na Companhia das Letras.
Países como Romênia, Alemanha, Espanha, Bulgária, Sérvia, China, Estados Unidos e Rússia são alguns dos que firmaram contratos recentes para lançar seus livros, diz Nogueira.
Para marcar a data, a prestigiosa coleção Penguin Classics está lançando dois de seus livros em inglês, A morte e a morte de Quincas Berro d'água e A descoberta da América pelos turcos. Amado é o segundo autor brasileiro publicado pelo selo, o primeiro foi Euclides da Cunha.
O centenário motivou uma série de seminários e eventos comemorativos em cidades como Salvador, Ilhéus, Londres, Madri, Lisboa, Salamanca e Paris.
A reverberação lembra a frase do escritor moçambicano Mia Couto, para quem Amado fez mais para projetar a imagem do Brasil lá fora do que todas as instituições governamentais reunidas.
'Jorge Amado não escreveu livros, escreveu um país', afirmou Couto em 2008, em uma palestra em que prestou testemunho sobre a forte influência do autor sobre escritores africanos.
Amado nasceu em 12 de agosto de 1912 em Itabuna, na Bahia, e escreveu quase 40 livros, com um olhar aguçado sobre os costumes e a cultura popular do país. Ele morreu em 2001.
A fazenda de cacau em que nasceu, os terreiros de candomblé, a mistura de crenças religiosas, a pobreza nas ruas de Salvador, a miscigenação, o racismo velado da sociedade brasileira são alguns dos elementos que compõem sua obra, caracterizada por uma 'profunda identificação com o povo brasileiro', diz Eduardo de Assis Duarte.

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