quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

DR. MÁRCIO ESCREVE ARTIGO: "A CIDADE QUE TEMOS E A CIDADE QUE QUEREMOS".

Por Dr. Márcio Paiva

No dia 14 de janeiro, tive a alegria de caminhar pelas ruas da nossa cidade, junto com diversos amigos e amigas que estão com o propósito firme de construir a cidade que queremos. Pude constatar em cada abraço, em cada aperto de mão o sentimento de esperança que se mantém vivo, apesar de tantos desenganos.

Só mesmo a fé e o compromisso social e político para nos colocar à frente e confiantes, pois mesmo perplexos diante da cidade que temos, somos fortes e estamos juntos para construir a cidade que queremos.

O mais importante já temos, o POVO.

A festa de nosso padroeiro, Santo Amaro de Ipitanga, se configurou num cenário perfeito para num ato de fé e união selarmos um compromisso de fazer de Lauro de Freitas a Cidade que merecemos!

Nos últimos sete anos a nossa cidade vem perdendo sua identidade. Os atrativos que moviam famílias inteiras da região metropolitana a virem morar em Lauro de Freitas foram se perdendo, e não podemos atribuir isso ao acaso, muito pelo contrário, o povo de Lauro de Freitas sabe muito bem quem são os responsáveis pelo que acontece.

Uma cidade se faz com pulso forte, coragem para mudar, presença no meio do povo, vendo o que as pessoas de fato querem. E não dentro de um gabinete, fazendo cogitações. Se olharmos para trás e nos perguntarmos onde estão os recursos arrecadados pelo município? E olha que estou falando de mais de Um Bilhão e Meio, sinceramente, não é possível ver onde este dinheiro está.

Todos os dias nos deparamos com os mesmos problemas, saúde na UTI, educação reprovada pela população nas várias enquetes e pesquisas. E a violência? Esta nem se fala! É verdade que esse problema é de caráter nacional e o país inteiro passa por uma crise na segurança. Podemos, então, nos perguntar o que a nossa cidade tem a dizer sobre isso, como ela está respondendo a esse problema? Basta ver as manchetes dos jornais e constatamos que o silêncio dos que governam a nossa cidade é a resposta que temos.


Construir a cidade que queremos é de fato o nosso grande desafio. Não se faz gestão com um microfone na mão 24 horas por dia. Esse modelo está ultrapassado, é preciso descer do palanque, pois os verdadeiros adversários de qualquer projeto político são os problemas sociais, aqueles que atingem de frente a vida das pessoas, chega de discussões vazias que só servem para massagear o ego dos falastrões, o povo já está cansado disso.

Nosso projeto, que é um projeto comum, porque vem da base, da escuta das pessoas, do dia a dia de quem sofre, e não dos gabinetes, é um projeto de construção de uma cidade que tem um povo lutador, inteligente, que tem brio, que merece respeito.

Dia 14, no cortejo em louvor a Santo Amaro de Ipitanga, entendemos que cada um tem um jeito de contribuir com a construção da nossa cidade, o nosso é, e sempre será, cuidar das pessoas. Quando vimos o resultado do nosso trabalho, o empenho de cada um para que a nossa festa pudesse acontecer, ficamos convencidos de que estamos no rumo certo, pois a cidade só será de todos se todos tiverem o direito de participar.

O resgate da cidadania plena começa com uma saúde de qualidade e com uma educação capaz de emancipar o cidadão com a força necessária de que necessita aqueles que sonham em construir uma vida solidificada na base, com um trabalho para que a nossa dignidade não seja comprada, com uma segurança como direito de quem paga caro e precisa de paz, aí sim podemos dizer que a nossa cidadania será respeitada na sua plenitude. A cidade que queremos é possível e já consigo vislumbrá-la, acreditamos que ela acontecerá. Como diz o ditado, um mais um é sempre mais que dois, que DEUS nos guie para um 2013 onde possamos ter uma Lauro de Freitas com menos desigualdades. Salve nossa terra!

Um comentário:

  1. Prezados,

    A cidade ideal, não pode voltar a beneficiar apenas a classse mais próxima de quem estiver no topo, espero que a cidade ideal independente de quem a reconstrua continui dando oportunidade aos desiguais economicamente falando, continuidade no promuni, na melhoria do indice de empregados que moradores de bairros periféricos como Itinga, Portão, PArque São PAulo e outros, onde hoje percorre o transporte da prefeitura para buscar pais de família que precisam trabalhar (é o que vejo no largo do caraguejo todas as manhãs ao esperar o transporte da empresa que trabalho em Camaçari)...Oportunidades para todos!!!!

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