Uma juíza federal dos
Estados Unidos bloqueou neste sábado a execução prevista para antes do fim do
mês de vários condenados à morte no Arkansas, para os quais foi estabelecido
uma agenda apertada devido ao iminente vencimento de um produto usado na
injeção letal.
As autoridades desse estado do sul do país deverão apelar da
ordem da juíza federal de primeira instância Kristine Baker, de Little Rock, a
capital do estado, se quiserem levar adiante as execuçõe, que seriam as
primeiras no Arkansas desde 2005.
"O tribunal considera que autores da ação têm direito a
uma medida cautelar por seu recurso sobre o método de execución conforme a
Oitava Emenda", escreveu a juíza Baker referindo-se à emenda da
Constituição americana que proíbe "as penas crueis e incomuns".
O programa de execuções do governador conservador Asa
Hutchinson ficou assim em suspenso temporariamente.
De acordo com os planos das autoidades do Arkansas, oito
presos deveriam ser executdos entre 17 e 27 de abril.
Na sexta, um juiz distrital, Wendell Griffen, atendendo ao
pedido de uma empresa de distribuição de produtos farmacêuticos, bloqueou as
execuções e a decisão foi reforçada neste sábado na instância federal.
A empresa McKesson acusa as autoridades penitenciárias de
ter comprado o brometo de vecurônio, que provoca paralisia nos músculos, sem
alertar que o produto seria usado em um protocolo de execução de condenados.
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