terça-feira, 7 de junho de 2016

CIA. BAIANA DE PATIFARIA APRESENTA A BOFETADA PELA PRIMEIRA VEZ NO CINE TEATRO DE LAURO


A Cia Baiana de Patifaria que irá representar a Bahia no Festival Teatro Regional com A BOFETADA no Rio de Janeiro, se prepara também para apresentar o espetáculo numa curtíssima temporada, pela primeira vez, no Cine Teatro Lauro de Freitas de 9 a 11 de junho, quinta a sábado, às 20h!


A nova montagem que tem o elenco formado pelos atores Lelo Filho, Diogo Lopes Filho, Mario Bezerra e Marcos Barretto continuam adaptando e atualizando os textos e ‘cacos’ de seus 11 personagens, assim, Fanta Maria, Pandora, Eleonora, Vânia, Dirce, Camilinha, Helena, Araci, Paloma, Marivaldo e a Rainha vão misturando, no enredo do espetáculo, as manchetes do noticiário com os bordões que já existem como ‘é a minha cara’, ‘oxente’, ‘momento lindo, maravilhoso’, ‘adoro, chega choro’ e levando o público às gargalhadas.


A direção de A BOFETADA é de Lelo Filho, juntamente com o diretor assistente Odilon Henriques, a partir da concepção original é de Fernando Guerreiro. Os textos são adaptados de Mauro Rasi, Miguel Magno e Ricardo de Almeida.


O espetáculo esteve em cena em Salvador desde janeiro e já atingiu um público de quase 2 milhões de espectadores desde sua estreia em 1988.


COMPANHIA BAIANA DE PATIFARIA – um breve histórico

“Patifaria é irreverência... uma linguagem baseada na rapidez dos diálogos e no inesperado dos cortes improvisos, como o breque do samba.

Eles desequilibram o enredo, desequilibram-se entre si e recomeçam de novo”.

Jefferson del Rios – Estado de São Paulo

Prestes a completar 30 anos nos palcos, a Teatro de Comédia Produções Artísticas, nacionalmente conhecida como Cia Baiana de Patifaria, vem desenvolvendo um teatro de repertório que soma 8 espetáculos: Abafabanca, A Bofetada, Noviças Rebeldes, 3 em 1, A Vaca Lelé, Capitães da Areia, Siricotico uma comédia do balacobaco e Fora da Ordem.


Quando a trupe partiu para sua primeira turnê nacional em 1991, entre o Rio de Janeiro e São Paulo, uma boa definição de seu trabalho foi feita por um jornalista do Jornal O Estado de São Paulo:
Patifaria, na Bahia, não quer dizer desaforo ou pouca vergonha.     Significa também, brincadeira exagerada, que passa da conta”.


Brincadeira cênica que, aliada a muito trabalho nos bastidores e uma profunda pesquisa sobre diferentes estilos de comédias e mais recentemente adentrando o drama, já percorreu 50 cidades brasileiras e conquistou um público que ultrapassa um milhão e meio de espectadores.


As temporadas da Cia Baiana já aconteceram em alguns dos mais importantes teatros do país: em São Paulo nos Teatros Bixiga, Mambembe, Cultura Artística, Bibi Ferreira e Imprensa, no Rio de Janeiro no Teatro Ipanema, Teatro Leblon, Teatro dos Quatro, Teatro João Caetano, Teatro das Artes, Teatro Carlos Gomes, em Brasília na Sala Vila Lobos do Teatro Nacional, em Porto Alegre no Teatro São Pedro, em Curitiba no Teatro Guaíra, dentre outros. Em 1997, a comédia musical “Noviças Rebeldes”, dirigida por Wolf Maya, foi apresentada por 2 semanas no St Clement Theatre, em Nova York.


Mas nenhum espetáculo ganhou mais sucesso do que A BOFETADA, que estreou em 1988 e continua lotando teatros sempre que está em cena. O espetáculo voltará ao palco no verão de 2016, no Teatro Jorge Amado, em Salvador, reunindo em seu elenco os atores Lelo Filho, Diogo Lopes Filho, Mário Bezerra e Marcos Barretto, que se desdobram em 11 divertidos personagens, sob a direção de Lelo Filho e codireção de Odilon Henriques. A concepção original é de Fernando Guerreiro.


A democratização do teatro através do riso, do humor, para um público cada vez mais amplo e diversificado, essa sempre foi a meta da Cia Baiana de Patifaria. A comédia desde sua origem sempre teve o caráter de aproximar plateias, ao ironizar os dilemas do cotidiano e propor reflexão. Desde 1987, quando surgiu, a Cia Baiana vem tentando manter seu repertório em cartaz, sempre prezando pela qualidade de suas montagens, gerando empregos e ampliando seu público em todo país.
A BOFETADAuma grande homenagem ao universo do teatro

Exibindo A BOFETADA Marcos Barretto Mário Bezerra Diogo Lopes Filho e Lelo Filho. Foto Dedeco Macedo IMG_3252.JPG
Exibindo A BOFETADA Marcos Barretto Mário Bezerra Diogo Lopes Filho e Lelo Filho. Foto Dedeco Macedo IMG_3252.JPG

Para arquitetar o espetáculo, o grupo buscou inspiração em clássicos da comédia brasileira da década de 80, através de esquetes e do talento de três autores: Mauro Rasi, Miguel Magno e Ricardo de Almeida.
No primeiro esquete, “O Calcanhar de Aquiles”, (extraído de Pedra, a tragédia), de Mauro Rasi, a atriz decadente Eleonora obriga uma crítica de teatro a assistir sua montagem apoteótica – um balé musical trágico – na qual interpretará sozinha 60 personagens de uma tragédia grega.
Os dois esquetes seguintes (extraídos de Quem tem medo de Itália Fausta), são assinados por Miguel Magno e Ricardo de Almeida. Em “O Ponto e a Atriz”, vários gêneros teatrais são ironizados ao resgatar a função do Ponto, figura que lembrava o texto para as divas das grandes companhias de teatro durante as apresentações. No último esquete, “Fanta e Pandora”, o ensino do teatro é o foco central e o público é transformado em mais uma personagem com quem duas professoras universitárias (Fanta Maria e Pandora Luzia) passam a interagir numa improvável aula sobre a influência de dois fonemas no teatro javanês, durante os últimos 15 dias do século XII a.c.
Desde 1988, muitos bordões que foram criados por tantos atores que já passaram pelo espetáculo, vêm virando assunto em mesas de bar, nos ambientes de trabalho e nas casas de quem assiste e acaba repetindo: ‘é a minha cara’, ‘eu tou tão tão que nem nem’, ‘rebobine’, ‘cadê meus botões?’, dentre outros.


A BOFETADA é centrada basicamente no tempo de comédia do ator e o que mais impacta o espectador é a maneira como a peça vai sendo renovada pelo elenco através de referências a fatos do cotidiano, mantendo as características marcantes no trabalho da Cia Baiana de Patifaria: improvisações a partir de acontecimentos do noticiário, participação da plateia e críticas a comportamentos da sociedade contemporânea, somado a um intenso trabalho de formação de plateia, estabelecendo uma forte comunicação com o público. A BOFETADA atravessou vários acontecimentos históricos do país e a cada nova montagem atrai novas gerações de espectadores, além de ser assistida por antigos fãs. A proposta sempre foi ir além de realizar apenas um teatro de entretenimento e a estreia de A BOFETADA abriu uma nova página na trajetória do grupo com sua profissionalização


FICHA TÉCNICA
A Bofetada
Textos adaptados de
Mauro Rasi, Miguel Magno e Ricardo de Almeida


Elenco
Lelo Filho, Diogo Lopes Filho, Mário Bezerra e Marcos Barretto


Direção
Lelo Filho


Diretor Assistente
Odilon Henriques


Concepção Original
Fernando Guerreiro


Cenografia                 Figurino

Eugênio Luiz              Miro Paternostro

Produção Executiva

Marcos Motta

Iluminação                    Sonoplastia                 Camarim                   Contrarregra

                Marcos Motta                   Dedeco Macedo              Márcia Valério                Luis Cláudio