Uma
criança de cinco anos foi atropelada dentro do condomínio Dona Lindu,
no projeto habitacional Minha Casa Minha Vida, em Lauro de Freitas. De
acordo com moradores, no mês passado um homem morreu após se envolver em
acidente no local.
O filho da
vendedora de doces, Adriana Santos, foi atropelado na noite do Dia das
Mães no domingo (13) quando atravessava a rua na Quadra C do Bloco
Dilma. Segundo Adriana, a criança permanece internada no Hospital Geral
do Estado. “Depois do susto e ferimentos graves, agora ele não corres
risco de morte. Mas, como foi com meu filho, poderia ser com qualquer
criança. Ele estava apenas brincando, quando atravessou a rua e um
topiqueiro passou em alta velocidade e o atropelou”, relatou Adriana.
De acordo
com a moradora Nadia Martins, a comunidade solicitou providencias à
prefeita Moema Gramacho (PT), mas foi ignorada: “ela falou que se um
morador resolver colocar algum quebra-mola no condomínio, ele responderá
pela iniciativa não autorizada. Eles não se importam com a vida dos
moradores. Nos jogaram como bichos neste condomínio e nos tratam como
beneficiários, mas pagamos. Eu pago mensalmente R$ 121,85 para Caixa
Econômica, e moro em um local que se quer tem segurança. Quando
comunicamos diretamente à prefeita sobre os riscos, ela questionou o que
é segurança. Tenho um marido e dois filhos. Eu devo saber o que é
conviver com estes problemas”, disse.
“No
condomínio ainda não há iluminação adequada, faixa de pedestre,
sinalização de velocidade e nem mesmo quebra-mola. Há muitas crianças e
não há creches ou escolas aqui por perto”, acrescentou Flávio Assunção.
Mãe de
três filhos, Janete Santos se preocupa com os riscos: “estou morando
aqui há pouco mais de um mês, mas já estou aflita. Não permitirei que
meus filhos brinquem com seus coleguinhas fora de casa”, disse a mãe que
mora com seu marido e filhos em um apartamento que tem cerca de
42metros quadrados.
A reportagem do Bocão News tentou
sem sucesso falar com a prefeita de Lauro de Freitas. Segundo
assessoria, ela está em Brasília. O órgão informou que o condomínio é
ainda é de responsabilidade da Caixa Econômica e que não passou para
jurisdição da prefeitura. No entanto, engenheiros de trânsito teriam
passado no condomínio para mapear os locais em que os quebra-molas podem
ser colocados. Além de apurar as denúncias apontadas pelos moradores.
(Bocão News)