sábado, 3 de junho de 2017

ONU está convencida que sociedade e empresas americanas continuarão engajadas na economia verde




O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse estar confiante de que, apesar da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, sociedade civil e empresas americanas permanecerão comprometidas com o meio ambiente.

"Estou profundamente convencido que os estados, as cidades, a comunidade de negócios e a sociedade civil (dos Estados Unidos) permanecerão engajados, apostarão na economia verde porque a economia verde é a economia boa, é a economia do futuro", afirmou Guterres à imprensa durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, na Rússia, nesta sexta-feira (2).

"Isso não é apenas a coisa certa a se fazer, mas é a coisa inteligente de se fazer, e os que apostarão na implementação do Acordo de Paris e na economia verde serão aqueles que terão um papel na economia do século 21", acrescentou Guterres.

Ele afirmou, ainda, que a mudança climática é uma das maiores ameaças ao mundo presente e ao futuro do planeta."Não dá para parar a ação contra a mudança climática e eu peço a todos os governos ao redor do mundo para permanecerem no trilho e continuarem comprometidos com a implementação do Acordo de Paris para beneficiar a todos nós", completou.

Empresas criticaram saída do acordo

Representantes de várias grandes empresas tecnológicas e indústrias americanas expressaram sua frustração com a decisão do presidente Donald Trump de sair do acordo de Paris.

"Decepcionado com a decisão de hoje sobre o acordo de Paris", escreveu o CEO da General Electric, Jeff Immelt. "A indústria deve agora liderar e não depender do governo", acrescentou.

A associação Information Technology Industry Council, que representa empresas do setor tecnológico, expressou sua "decepção" com a medida e assegurou que é "um passo atrás na liderança dos Estados Unidos no mundo", disse seu presidente, Dean Garfield.

"Apesar disso, mantém-se intacta a determinação da indústria da tecnologia de inovar e resolver a ameaça que representa a mudança climática e gerar oportunidades que criem empregos e façam crescer nossa economia", acrescentou.

As gigantes petroleiras ExxonMobil e Chevron reiteraram seu apoio ao acordo, enquanto a fabricante de automóveis General Motors indicou que a decisão da Casa Branca não desistirá de buscar soluções para enfrentar as mudanças climáticas.

"A GM não vacilará em seu compromisso com o meio ambiente e sua posição sobre as mudanças climáticas não mudou", indicou a companhia em um comunicado. "Acordos internacionais a parte, nos mantemos comprometidos em criar um ambiente melhor".

Melissa Ritchie, porta-voz da Chevron, disse que sua companhia "apoia continuar com o acordo de Paris, pois representa um primeiro passo rumo a um marco global".

"O acordo se alinha com a própria política da companhia sobre emissões de gás carbônico", acrescentou.

Além disso, o fundador da Tesla, Elon Musk, cumpriu a ameaça de deixar o conselho de empresários de Donald Trump depois que o presidente anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.

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