sexta-feira, 17 de junho de 2016

Planserv incentiva doação de medula óssea


Quem precisa de um transplante não pode esperar. Por este motivo, o Planserv – Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais está incentivando a doação de medula óssea não apenas entre seus beneficiários, mas a todos os baianos que atendam aos critérios de doação. O objetivo do plano é facilitar a realização de transplantes para benefício de pacientes portadores de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e deficiências no sistema imunológico. Atualmente, cerca de 80 patologias diferentes podem ser tratadas através das células-tronco produzidas na medula óssea.

 De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o fator que mais dificulta a realização do transplante é a falta de doadores compatíveis, já que as chances de o paciente encontrar um doador compatível são de uma em cada 100 mil pessoas, em média. A medula óssea é um tecido gelatinoso encontrado no interior dos ossos, conhecida popularmente como “tutano”. Ela contém as células-tronco responsáveis pela fabricação das células sanguíneas.

Doação - Entre os critérios de doação, destacam-se ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado de saúde. Interessados devem procurar o Hemoba, situado na Ladeira do Hospital Geral (HGE), no bairro de Brotas, em Salvador, e agendar uma consulta de esclarecimento. O voluntário à doação assina um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e preenche uma ficha com informações pessoais.

Na triagem, uma pequena quantidade de sangue (10 ml) é retirado do candidato a doador. O sangue é analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar as características genéticas que são cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes, para determinar a compatibilidade.

As informações do doador são incluídas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Quando há um paciente com possível compatibilidade, o candidato a doador é consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados.

Ao ser chamado para doar, um médico avalia o estado de saúde do doador e novos exames são realizados. É ele quem orienta como deve ser feita a coleta. Há duas maneiras: a primeira é através do osso da bacia, por meio de uma agulha na região da nádega. O procedimento dura 60 minutos e é feito com anestesia. O doador fica um dia em observação após o término do procedimento.

O segundo modo é a coleta pela veia: o doador toma um remédio durante cinco dias para aumentar a produção de células-tronco. No sexto dia, as veias do doador estão cheias de células-tronco. O sangue pode ser filtrado por uma máquina que retira as células-tronco e devolve o sangue para as veias. Este processo dura de quatro a seis horas. Após o procedimento, o doador não precisa receber sangue.

Entre os principais beneficiados com o transplante, destacam-se pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune e anemias graves (adquiridas ou congênitas). Outras doenças não tão frequentes também podem ser tratadas com transplante de medula, como as doenças do metabolismo, doenças autoimunes e tumores.

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