A participação de professores no aniversário de Lauro de Freitas, por Tássio Revelat.
Lamentável a nota da prefeitura em relação à participação organizada e pacífica dos professores no cortejo Cívico. É inadmissível que uma gestão utilize a máquina pública para disseminar INVERDADES. Por conseguinte, algumas correções são necessárias:
Segundo a nota da prefeitura os professores junto com a coligação de Leão invadiram o tradicional desfile cívico-cultural. Equívoco maior não poderia existir, pois, nós, professores da rede Estadual, e os professores da rede municipal, não somos cabos eleitorais de Leão e estávamos apenas protestando contra a política educacional da Gestão Moema/Oliveira ( PT) que nesses oito anos não foi capaz de implementar uma política de valorização da carreira docente e fortalecimento da escola pública.
Lamentável a nota da prefeitura em relação à participação organizada e pacífica dos professores no cortejo Cívico. É inadmissível que uma gestão utilize a máquina pública para disseminar INVERDADES. Por conseguinte, algumas correções são necessárias:
Segundo a nota da prefeitura os professores junto com a coligação de Leão invadiram o tradicional desfile cívico-cultural. Equívoco maior não poderia existir, pois, nós, professores da rede Estadual, e os professores da rede municipal, não somos cabos eleitorais de Leão e estávamos apenas protestando contra a política educacional da Gestão Moema/Oliveira ( PT) que nesses oito anos não foi capaz de implementar uma política de valorização da carreira docente e fortalecimento da escola pública.
É importante salientar que o Governo de Moema/João Oliveira (PT) não implementou corretamente a Lei Federal do Piso Salarial. Não por acaso os professores acamparam na Câmara de vereadores e chegaram até fazer greve de fome. Esse mesmo Governo resolveu reformar escolas em pleno ano letivo, prejudicando, dessa forma a aprendizagem dos alunos. Apesar do rápido crescimento populacional, foram construídas poucas escolas (apenas duas), não existe um plano municipal de educação e as condições de muitas unidades escolares são desumanas e insalubres. Essas condições afetam o emocional tanto dos alunos quanto dos professores, além de criar um ambiente impróprio para o desenvolvimento da aprendizagem significativa.
No ano passado e no início desse ano, a cidade foi marcada por greves de professores que lutam por uma educação pública de qualidade. Afinal, não existe crescimento com justiça social sem a implementação de políticas educacionais consistentes.
No âmbito Estadual, o Governador Wagner (PT) além de não cumprir a lei federal do Piso, cortou o salário dos professores, demitiu professores Redas e o responsável pela maior greve já realizada na História da Educação na Bahia, onde há mais de 1 milhão de alunos prejudicados e 40 mil famílias estão com o orçamento comprometido, já que os professores e seus familiares passam dificuldades com 4 meses de salários cortados. A professora Nadir, que lecionava na Escola Kleber Pacheco (Portão/Lauro de Freitas), teve AVC quando se preparava para participar de uma passeata de professores na Estrada do Coco. Ela é uma das 5 professoras que morreu por doenças agravadas por questões emocionais.
Uma outra inverdade: “O grupo chegou a ameaçar agredir a prefeita e participantes do cortejo com vassouras” A prefeita Moema (PT) foi intensamente vaidada pelos professores, mas não ocorreu nenhuma agressão física; Ao contrário do que diz a nota, é todo cidadão de Lauro de Freitas sabe disso, 90% do quadro docente de Lauro de Freitas é contra a Gestão Moema, pelas razões já expostas acima. É legitimo a participação de grupos que visam divulgar a sua plataforma de reindicações em festejos cívicos, isso além de fortalece o jogo democrático é um exercício de cidadania.
Esses políticos, empregados temporários do povo, que foram eleitos para, dentre outras ações, ampliar os investimentos na educação, ao invés de ouvir as críticas dos professores, buscam desqualificar o movimento, acusando-o de ser um movimento político-partidário. Será que eles realmente conhecem a realidade da Escola Pública? Será que eles reconhecem a importância social do professor? Sou um professor apaixonado pela minha profissão, meu trabalho é reconhecido e legitimado pelos meus alunos, pois, busco a excelência naquilo que faço, e não permitirei que nenhum Governo propague mentiras acerca de uma das profissões mais honradas e importantes da sociedade.
Tássio Revelat ( Professor de História da Rede Pública, Gestor Cultural, Poeta e Idealizado do Projeto Amantes do Conhecimento)