O Ministério da Cultura (Minc) e
a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), anunciaram nesta segunda, 23, Dia Mundial
do Livro e do Direito do Autor, investimentos na ordem de R$ 333,7 milhões no
Plano Nacional do Livro e Leitura. Entre os mais de 40 projetos, estão
investimentos para construir novas bibliotecas, modernizar parte da rede atual
e promover ações de fomento à leitura e à formação de mediadores país afora.
A notícia é um alento aos que
vivem da literatura. Principalmente após a última pesquisa do Instituto
Pró-Livro, que traçou o perfil dos leitores do país e demonstrou que está
faltando incentivo ao desenvolvimento da literatura nacional, ainda mais com o
Brasil sendo pródigo em autores de fama mundial. Basta citar como exemplo o
baiano Jorge Amado, cujo centenário é este ano, e Machado de Assis, que
teve uma de suas obras citadas como uma
das preferidas do cineasta Woody Allen. Na safra mais recente de autores, vale
lembrar que um romance de Cristóvão Tezza está concorrendo a um prêmio
literário internacional.
O 23 de abril – A data foi
instituída oficialmente em 1995 pela Unesco, para valorizar o gosto pela
leitura e produção literária mundial, incentivar o respeito aos direitos
autorais; além de homenagear a data das mortes de Miguel de Cervantes e William
Shakespeare, os dois morreram em 23 de abril de 1616.
Sobre Cervantes, existe ainda uma
outra data mundial do livro associada ao escritor espanhol, autor de Don
Quixote: o 7 de outubro, data controversa sobre o seu nascimento, no ano de
1547. Controversa porque há pesquisadores que dizem que Cervantes nasceu em 29
de setembro, mas foi batizado em 7 de outubro. Outros, que ele nasceu em 7 de
outubro mesmo. Criada em 1926,
a data acabou sendo mudada para 23 de abril, em 1930,
primeiro na Espanha, para só nos anos 90 ganhar o reconhecimento da Unesco,
órgão das Nações Unidas, e tornar-se global. A escolha foi motivada pelo fato
da data de morte do escritor ser mais certa que a de seu nascimento. No
entanto, bibliófilos mundo afora acabam celebrando as duas datas. E livro é
sempre um pretexto bom para celebrar, não é?
A iniciativa de se comemorar um
Dia Mundial do Livro surgiu primeiro na Catalunha, como ação local, e por lá
existe um costume bem bacana, o de se entregar uma rosa para cada pessoa que
compra um livro no 23 de abril. Outra coisa interessante sobre a data é que
todo ano, a Unesco nomeia uma Capital Mundial do Livro e em 2012 a escolhida foi a
cidade de Eravan, na Armênia. Cidades como Madrid, Turim, Buenos Ayres, Bogotá
e Nova Deli já foram escolhidas em anos anteriores.