terça-feira, 3 de abril de 2012

MOEMA GRAMACHO CRITICA GREVE DOS PROFESSORES DE LAURO DE FREITAS

Uma reunião nesta segunda-feira (02) definirá o rumo da greve dos professores municipais de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Os servidores estão há uma semana de braços cruzados e com apitos a carro de som realizaram manifestação na manhã de hoje no Centro de Cultura do bairro de Portão.

Segundo Luciano Soares, diretor de política sindical e social e vice-coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas, a categoria reivindica questões financeira, administrativa, pedagógica e a valorização profissional. “Não vamos aceitar o que a prefeitura está fazendo com a educação da cidade. Achatando nossos salários, escolas em péssimas condições estruturais e ainda querem retirar a nossa gratificação”, afirmou o professor.



Ainda segundo Soares, o pagamento do piso nacional estabelecido pelo Ministério de Educação (MEC) de R$ 1.451,00 não está sendo cumprido pela prefeita Moema Gramacho. “Não estamos pedindo nada para a gestora. Só queremos que ela cumpra o que a lei determina: execução do Estatuto do Magistério e do piso nacional”, complementa o servidor.



Em entrevista ao Bocão News, antes da reunião com os grevistas, a prefeita Moema Gramacho criticou o movimento, e afirmou que está em processo de negociação. Moema argumenta que ofereceu, no último dia 29 de março, a proposta de reajuste de R$ 1.460,00, mais gratificação de 30% para docentes não graduados, o que elevaria o salário para R$1.898,00 até R$ 2.368,70, mais 30% e adicionados 32,50% de FGM, elevando o salário para R$ 3.849,14 para diretor graduado. Segundo a prefeita esse é um dos maiores salários dos municípios baianos.

“Observe que o salário base adotado por nós (R$ 1.460,00) está acima do Piso Nacional do MEC (R$1.451,00). Importante destacar também que 66% dos professores de Lauro de Freitas são graduados e recebem, portanto, os salários maiores”, disse a prefeita.



Moema ainda destacou que em 2011 a prefeitura completou os recursos do FUNDEB destinados ao municipal. “Além de aplicar 100% dos recursos do Fundo (mais de R$ 54 milhões), no pagamento dos salários da Educação, tivemos que complementar com mais R$ 10,4milhões. Vale salientar que nos antecipamos no pagamento do piso do MEC”, concluiu a prefeita.

Todas as justificativas da prefeita não valeram de nada para os grevistas que receberam a contraproposta e, antes de entrar em reunião, já adiantavam que a greve deve continuar por tempo indeterminado. “Se não houver uma sinalização diferente da colocada para os profissionais, não iremos voltas para sala de aula”, disse o coordenador pedagógico Luciano Soares. A categoria conta com 1283 professores.

Foto: Roberto Viana // Bocão News

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